Com golaços, Flamengo e Atlético-PR ficam no empate na primeira final da Copa do Brasil

No duelo particular entre dois dos maiores artilheiros do país na temporada, Ederson e Hernane passaram em branco

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Deivid tenta a jogada com a marcação de Hernane, observado por Paulo Baier | André Durão
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O empate, por definição, propõe igualdade. Mas, pelo regulamento da Copa do Brasil, o 1 a 1 entre Atlético-PR e Flamengo, no Durival Britto, em Curitiba, nesta quarta-feira, deixou os cariocas em vantagem e mais perto do título. Com o resultado e o gol marcado fora de casa, um 0 a 0 no Maracanã, na próxima quarta, será suficiente para levantar a taça. A torcida visitante, em minoria, saiu do estádio gritando "seremos campeões", mas os atleticanos sabem que nada está decidido. O time precisa de uma vitória (ou empate por dois ou mais gols), mas já superou o rival neste ano no Rio (4 a 2), pelo Brasileiro. Outro empate por 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis.

No duelo particular entre dois dos maiores artilheiros do país na temporada, Ederson e Hernane passaram em branco. Paulo Baier e Elias, os principais articuladores dos dois lados, também não chegaram a brilhar. Mas as redes balançaram em grande estilo. Foram chutes de longe, fortes e bem colocados. Pelo Atlético-PR, Marcelo marcou. O gol do Flamengo foi do improvável Amaral, cão de guarda do técnico Jayme de Almeida, que anotou seu primeiro gol com a camisa do clube.

Os torcedores do Atlético-PR fizeram uma grande festa desde muito antes do apito inicial. Foram 15.494 pagantes (com renda de R$ 70.080,00). E chegaram cedo, fizeram vigília à espera da abertura dos portões, que acabou antecipada em 20 minutos. Na chegada do time, montou a "rua de fogo", como é chamado o corredor de sinalizadores vermelhos para a entrada do ônibus no estádio. Dentro do Durival Brito, um mar de faixas, bandeiras e outros adereços para incentivar o Furacão. Para tentar escapar da pressão, o Flamengo colocou seus jogadores para passarem no meio da sua torcida na saída do ônibus. Na entrada para o aquecimento, mãos dadas e postura de união com os 1.700 torcedores que compareceram, e saíram confiantes na conquista do título.

Duas bombas e dois gols

Diante do caldeirão que era o Durival Britto, foi até surpreendente a postura dos times no início da partida. O Flamengo tomou a iniciativa de ficar com a bola, e o Atlético-PR recuou, esperando uma chance de dar o golpe mortal. Com Everton, Marcelo e Ederson em velocidade, a movimentação era constante. O Fla girava a bola, mas não encontrava espaços. Hernane, para buscar o jogo, passou a ir à intermediária e se afastou da área, onde sua produtividade não é a mesma e passou o primeiro tempo escondido.

A torcida do Furacão chegou a se silenciar por uns instantes, mas explodiu novamente aos 17 minutos. Paulo Baier recebeu a cobrança de lateral na esquerda e acertou passe para Marcelo. O atacante cortou para o meio e soltou a bomba. A bola, apesar da grande velocidade (126 km/h), passou pelas mãos de Felipe, que não conseguiu espalmar. O goleiro voltava ao time quase um mês depois de torção no joelho esquerdo que o obrigou a passar por uma artroscopia.

Após o golpe, o Furacão cresceu e adiantou suas peças. O Flamengo tentou se recuperar, e a tarefa foi facilitada quando o empate chegou de uma das formas mais improváveis. Amaral dominou a bola na intermediária, e ninguém foi marcá-lo. Escalado com prioridade para destruir, o volante avançou, armou, e atirou com precisão, uma bomba ainda mais inapelável do que a do gol rival. Na comemoração, o pitbull rubro-negro - apelido dado pela torcida, que ele abraçou - caminhou em quatro patas, como se dominasse o terreno adversário. O jogo, então, caiu um pouco de ritmo e ficou mais embolado no meio-campo. O gramado, duro e desnivelado, não ajudava. O time carioca, que perdeu André Santos e Chicão por lesão na etapa inicial e precisou forçar duas substituições, ganhou tempo para respirar e se reorganizar no intervalo.

Boas chances dos dois lados

No duelo de dois dos atacantes mais produtivos do Brasil nesta temporada, Ederson e Hernane tiveram poucas oportunidades. O atleticano só conseguiu sua melhor oportunidade no segundo tempo, uma cabeçada que foi para fora. No minuto seguinte Hernane rebateu, com um chute que obrigou Weverton a defesa. Em velocidade, Marcelo quase fez o segundo, mas Felipe salvou bem. E tudo isso em menos de quinze minutos. O Furacão precisava de mais um gol e Vagner Mancini lançou o atacante Dellatorre no lugar do lateral Pedro Botelho. O volante Zezinho foi ocupar o setor na defesa.

Normalmente o responsável pela saída de bola e chegada ao ataque, Elias estava sumido na partida e Luiz Antonio assumiu a função. Em uma dela, fez grande jogada, passou por três adversários, mas em vez de cruzar para Hernane, sozinho na área, preferiu o chute. O Brocador foi ao desespero. O jogo ficou aberto, sem muita marcação, com ataques lá e cá, mas os erros, no passe final ou na finalização, prejudicaram a produção dos times. Léo Moura, livre, isolou. Ederson, na área, jogou de zagueiro e cortou a bola. Luiz Antonio cobrou falta com muito perigo. Paulo Baier, sumido no segundo tempo, acabou substituído por Maranhão. O Furacão apertou no fim em busca do gol, mas o Flamengo segurou o empate.



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