Com Vasco à beira do caos, diretoria perde credibilidade e teme pelo futuro

Há seis meses o discurso é o mesmo e nada muda em São Januário.

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A revolta pela atraso nos salários dá lugar a risadas a cada promessa do diretor-geral Cristiano Koehler de que a situação financeira será resolvido na semana seguinte. Há seis meses o discurso é o mesmo e nada muda em São Januário. A estratégia de saldar um mês da parte estipulada em carteira sempre que o terceiro está para vencer ? o que permite ao atleta se desligar do clube ?torna ainda pior o ambiente do vestiário, insatisfação que nem o experiente Juninho Pernambucano e o técnico Dorival Júnior conseguem mais controlar.

O cenário caótico pode ficar ainda pior depois da partida contra o Atlético-MG, domingo, em Belo Horizonte. No limite, Dorival não cogita a hipótese de pedir demissão, mas sabe que sua postura de cobrança diária pode lhe render o mesmo destino de Paulo Autuori. Se o ex-treinador tinha um elenco mais fraco, o atual jamais se conformou com a saída de Éder Luís, cujo valor pago pelo empréstimo não colocou um ponto final na caótica situação financeira.

Ontem, enquanto os titulares faziam um trabalho regenerativo e os reservas se exercitavam no campo, Dorival conversava com Ricardo Gomes. É a credibilidade do diretor de futebol que ajuda jogadores e comissão técnica a não entregarem os pontos.

Abatidos, os jogadores não sabem mais o que fazer. Como o Brasileiro acaba no começo de dezembro, o medo é que mais dois meses sejam pagos e os três restantes fiquem sem previsão.

? É delicado tocar nesse tipo de assunto num momento como esse ? afirmou Pedro Ken ao deixar o campo após a derrota para o Vitória, na quarta-feira.

Enquanto o presidente Roberto Dinamite foi a campo por alguns minutos e conversou com os jogadores, mas não deu entrevistas, Pedro Ken voltou a dar a cara na coletiva. Sincero, reconheceu que jogar em um clube grande exige se expôr em momentos ruins. E pediu união:

? Não temos que dividir responsabilidades ou buscar culpados. Precisamos olhar para frente e sair dessa situação o quanto antes.

Enquanto Pedro Ken falava, os demais jogadores deixavam São Januário com segurança reforçada. O treino, que seria no CFZ, passou para a sede do clube. Duas viaturas da PM, uma dentro e outra fora, ajudavam a manter a casa em ordem.



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