Veja os técnicos mais bem pagos da Copa

Os técnicos das seleções que disputarão a Copa ganham salários de grandes executivos. E enfrentam desafios semelhantes

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Imagine-se liderando uma empresa que está para disputar um grande contrato. Seus funcionários são estrelas do universo corporativo e o ambiente interno é repleto de intrigas. Os clientes, mesmo que leigos sobre o trabalho, se acham no direito de criticar tudo o que você faz. Tirou um dos integrantes da equipe do negócio? É o que basta para ouvir impropérios. E não são alguns. São milhões deles. Ao contrário do que se pensa, essas situações não acontecem apenas com CEOs de grandes empresas. Elas fazem parte da vida de um técnico de futebol.

Fabio Capello: à frente da seleção inglesa, ele tem de lidar com as vaidades e pressões para ganhar a Copa na terra de Mandela

Cada vez mais os ?professores? das quatro linhas têm de atuar como altos executivos, lidar com as pressões do dia a dia e administrar egos e vaidades numa proporção vista apenas nos altos escalões do mundo dos negócios. Por isso mesmo, eles são bem remunerados. É o que aponta um ranking (leia quadro) recém-elaborado com os salários dos técnicos das seleções que disputarão a Copa da África.

A liderança fica com o italiano Fabio Capello, técnico da seleção da Inglaterra, que recebe 8,8 milhões de euros (US$ 11,7 milhões) por ano. A bolada, melhor termo para definir a polpuda quantia recebida por Capello, é 7,8 vezes maior do que Vikram Pandit, o CEO do Citigroup, ganha de salários anuais.

Com a cabeça a prêmio: os técnicos Maradona, da Argentina; Dunga, do Brasil; e Marcelo Lippi, da Itália, são criticados a maior parte do tempo

Em contrapartida, o executivo recebe bônus que multiplicam a sua remuneração. Esse modelo, porém, não é exclusividade dos grandes executivos. O técnico da seleção da França, Raymond Domenech, tem um honorário anual de 560 mil euros, mas conta com outras variáveis como bônus de 30 mil euros por vitória e 15 mil euros por empate. Por ter classificado o país para a Copa, mesmo com a ajuda da mão boba do atacante Henry no jogo contra a Irlanda, ele teria recebido mais 1,1 milhão de euros.

Ainda há outros técnicos que complementam suas rendas com contratos de publicidade. O brasileiro Dunga, que recebe 800 mil euros por ano, ganha um ?extra? fazendo propagandas para a marca de cerveja Brahma. Mas todo bônus tem seu ônus. Ele vive sob pressão e, nos próximos meses, terá de testar seus nervos.

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A situação vivida pelos técnicos pode ser exemplificada por uma história passada no século IV antes de Cristo. Reza a lenda que Dâmocles, súdito de Dionísio, o rei de Siracusa, na Grécia, sempre dizia que o imperador era o homem mais feliz do mundo por ter nas mãos o destino do povo. Entediado com a constante afirmação de Dâmocles, o rei resolveu proporcionar-lhe um dia no poder. Deu-lhe tudo: o trono, a coroa, o cetro e um banquete de encher os olhos.

Entretanto, colocou uma espada, presa por um fio de crina de cavalo, sobre a sua cabeça. Aí, então, conseguiu mostrar a angústia do poder. Passados mais de dois mil anos, a situação continua a mesma. Os técnicos das seleções, mesmo que bem remunerados, estão sempre com a cabeça a prêmio.



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