Conheça a “caça-fantasmas” do Vascão na Taça Rio

Tem a fala mansa e o respeito de todos, no entanto tampouco é o técnico Ricardo Gomes.

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Os cabelos são compridos, mas não se trata do Enrico. É experiente, com mais de 20 anos de casa, porém enganou-se quem pensou em Felipe. Tem a fala mansa e o respeito de todos, no entanto tampouco é o técnico Ricardo Gomes. Psicóloga vascaína há 24 anos, Maria Helena Rodriguez tem a árdua missão de colocar em perfeitas condições a cabeça dos jogadores na final da Taça Rio, contra o Flamengo, mesmo diante do mau retrospecto recente em partidas decisivas contra o arquirrival.

Referência da psicologia esportiva no País, Maria Helena preferiu se afastar das entrevistas esta semana e manter os holofotes distantes do trabalho que ela desenvolve há décadas em São Januário. Um dos frutos de tantos anos, além de vários garotos formados na base vascaína, é Maíra Ruas, hoje psicóloga do Botafogo, que se considera "filha profissional" da profissional vascaína, com quem estagiou durante três anos. No ano passado, Maíra teve pela frente o Flamengo e um "trauma" semelhante.

"O foco é na vitória, não no adversário. Não se deve pensar nos obstáculos que foram enfrentados outras vezes", diz Maíra, que foi chamada para trabalhar com o time profissional do Botafogo pelo então técnico do clube Ney Franco.

Em São Paulo, a psicóloga Anahy Couto, que hoje trabalha para a Traffic, foi contratada após série de derrotas do Banespa para o Suzano no vôlei masculino nos anos 1990.

"Alguns jogadores admitem a fraqueza nessas situações. Eles assumem crenças de que o outro é superior, de que é melhor, o que os impede de conquistar um título, passar de fase", destaca Anahy, que, em 2001, comemorou o sucesso do seu trabalho, quando o Banespa conquistou o Campeonato Paulista após eliminar o Suzano.

Para Anahy, que trabalhou com Kaká e outros jogadores renomados no São Paulo, uma forma de trabalhar a cabeça do atleta é lembrá-lo de realizações que eles já tiveram na profissão e na história de vida.

"Mostro o poder que eles têm de enfrentar qualquer situação. Às vezes, eles estão em dificuldades e não conseguem encontrar saídas. Nosso trabalho, na psicologia esportiva, é ajudá-los a sair dessa situação", afirma Anahy.

Com 20 anos de experiência na matéria, João Ricardo Cozac trabalhou no futebol paulista e em Goiás. Ele cita como características de Maria Helena o carinho e a sensibilidade para compreender as demandas e necessidades dos atletas. "Não é uma psicóloga que apaga incêndio, ela trabalha para evitá-los", diz Cozac.



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