Dante explica derrota de 7 a 1 na copa: “não nos preparamos bem psicologicamente”

Reserva durante praticamente toda a campanha brasileira no Mundial, Dante ganhou a vaga de titular após a suspensão do capitão Thiago Silva por cartão amarelo.

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Um dos titulares na trágica derrota para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, o zagueiro Dante analisou os motivos do revés por 7 a 1. Em entrevista ao site da Fifa, o defensor do Bayern de Munique afirmou que o time nacional não se preparou bem psicologicamente para suportar a pressão de disputar um Mundial em casa.

"Para mim, o que aconteceu foi que, psicologicamente, não nos preparamos de forma adequada para a Copa do Mundo. Tínhamos que nos colocar na posição de favoritos e incorporar a necessidade de vencer, mas respeitando o esporte e o que ele tem de imprevisível. Quando nós vimos que tomamos o segundo e o terceiro gols, nós simplesmente não aceitamos o fato", disse Dante.

"Não raciocinamos. Não pensamos que era preciso encarar a situação e ser mais inteligentes. Em vez disso, nossa reação era de: 'Isso não é possível. Não pode acontecer. Nós temos obrigação de ganhar a Copa. Vamos para a frente.' E, então, isso virou um choque, que ocasionou o 7 a 1. Isso quando nós todos sabemos que, quando você vive uma má fase dentro de um jogo, é normal você se fechar, parar um pouco. E muitas vezes você acaba achando um gol numa falta, ou um escanteio. Quantas vezes já não vimos isso com nossos clubes?", completou.

Reserva durante praticamente toda a campanha brasileira no Mundial, Dante ganhou a vaga de titular após a suspensão do capitão Thiago Silva por cartão amarelo. Para o defensor, o time nacional não se preparou psicologicamente para ficar atrás do placar em um jogo decisivo e desmoronou quando os alemães abriram o marcador.

"O placar não reflete a diferença de qualidade entre os dois times, mas sim a forma como, psicologicamente, nos colocamos naquele Mundial. Por causa da pressão, não estávamos preparados para adversidades. (...) Nós estávamos preparados para sermos campeões, mas não para enfrentar adversidades. E esse clima de "temos que ganhar" pode até fazer bem para o trabalho em alguns momentos, mas, psicologicamente, é preciso ter mais visão do que isso", opinou.

Longe da seleção desde a Copa do Mundo, Dante disse não ter medo de ficar marcado pela goleada por 7 a 1. O jogador não crê que seu ciclo possa ter se encerrado no time nacional, mas foca as atenções em seu trabalho no Bayern de Munique para poder chamar a atenção do técnico Dunga.

"Medo eu não tenho. Se ficar marcado, fiquei. (..) Eu conquistei tudo no futebol, só a Copa é que não. Em 2013, fui o jogador no mundo que mais conquistou grandes troféus e nem por isso ganhei uma estátua ou coisa assim. Por que eu vou acreditar nessa ênfase toda no negativo? Não tem lógica", disse o zagueiro. "Eu entendo perfeitamente que, após um Mundial, com a chegada de um treinador novo, vá haver chances para os mais novos. É natural. Mas, claro, se em algum momento vier uma nova convocação, eu vou, com todo o prazer".

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