Vasco derruba o Atlético-GO com placar em 1 x 0

Em jogada construída pelos ídolos, time carioca faz 1 a 0 no fim, após jogar 66 minutos com um a mais.

Dragão luta, mas está à beira do rebaixamento | Reprodução
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Como num passe de mágica, toda a ansiedade e nervosismo do Vasco acumuladas por 86 minutos se transformaram em alegria no Serra Dourada. O passe, na verdade, foi de Felipe, e a execução, perfeita, de Juninho. Depois de tanto insistir, o time carioca furou a retranca do Atlético-GO, neste sábado, em duelo válido pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. O combalido Dragão, cada vez mais lanterna, suportou a pressão com um a menos desde a metade do primeiro tempo, quando o zagueiro Gustavo foi expulso por xingar o árbitro.

O roteiro de cinema no Centro-Oeste se tornou ainda mais marcante pelo fato de os ídolos cruz-maltinos pouco se relacionarem fora de campo. Muito se fala a respeito das diferenças entre ambos. A comemoração do gol, no entanto, mostrou um abraço e um beijo fraternal.

O resultado coloca o Gigante da Colina, em sua segunda vitória consecutiva, embalado com 50 pontos, firme no G-4, apesar da vitória do São Paulo (que continua cinco pontos atrás), e provisoriamente a dez de distância do líder Fluminense, que enfrenta o Botafogo mais tarde, no Engenhão. Já o Rubro-Negro, com o terceiro revés direto, estaciona de vez nos 20 pontos, já com remotas perspectivas de fugir do rebaixamento para Série B.

Pressão vascaína x perigo rubro-negro

O início da partida já exibia o panorama natural em Goiânia: Vasco com mais posse de bola, e o Dragão em busca do contra-ataque, reconhecendo sua limitação diante e da consequente iminência do rebaixamento. A postura das equipes também refletia na arquibancada, com a superioridade cruz-maltina. Mas a etapa inicial reservaria outras alternativas para o cenário.

Com dificuldade para penetrar na defesa goiana, os cariocas apostaram nos cruzamentos como válvula de escape. Foram dez escanteios nos primeiros 45 minutos. Mas esbarraram no jogo aéreo mais eficiente do rival e no goleiro Márcio, que demonstrava segurança. Nilton, de cabeça, e Eder Luis, em chute fraco, criaram as tímidas chances, longe e empolgar.

Por outro lado, a estratégia do Atlético não soava tão equivocada. Com espaço e velocidade, ganhava as disputas no campo de ataque e fazia Dedé e companhia correrem atrás, apesar de certa desorganização. Até que, com o nervosismo atrelado à posição na tabela, o zagueiro Gustavo perdeu o controle. Fez falta, reclamou com o árbitro, levou um amarelo e, não satisfeito, o chamou de "filho da p...", causando a expulsão, com apenas 24 minutos de partida.

O Vasco, então, apertou a pressão, tanto na marcação da saída de bola como nas jogadas ofensivas. Mas faltavam capricho e tabelas eficientes. O técnico Artur Neto foi obrigado a tirar o meia Alexandre Oliveira para colocar o zagueiro Diego Giaretta. Ainda assim, com o passar do tempo, as melhores chances surgiram dos pés rubro-negros. Marino errou o alvo, aos 36, Eron parou em Prass, aos 44, assim como Márcio, em cobrança de falta, aos 47, sempre em contragolpes, preocupando Marcelo Oliveira, que decidiu mexer no intervalo.

Cariocas se lançam, e Juninho decide

Com um novo desenho, o time da Colina voltou com Felipe como ponta esquerda, no lugar de Thiago Feltri e com Wendel dando suporte, e Fellipe Bastos solto para ir à linha de fundo, tomando a vaga de Jonas, que pouco explorou este recurso. Ainda sonhando com o título, o intuito vascaíno era claro: não abrir mão de vencer, motivado pelas circunstâncias. Mas, mesmo com o apoio da torcida, estava difícil. A ansiedade com os erros na hora H só crescia.

Destaque na semana, a promessa Marlone substituiu Carlos Alberto e fez sua estreia entre os profissionais. Na primeira jogada, meteu a bola na pequena área, porém, como um repeteco de todo o jogo até então, não havia ninguém posicionado para concluir. Como essa, ocorreram pelo menos mais cinco, só trocando e protagonista Enquanto isso, o Dragão sonhava com o encaixe de um lançamento, que até aconteceu No mano a mano com Renato Silva, Felipe bateu para fora e desperdiçou a única oportunidade na etapa final.

Pouco a pouco, o duelo esfriou, e os vascaínos trocaram a euforia pela cobrança. O cansaço, no entanto, era notório, já que a temperatura passava dos 30 graus. A dura mexeu com os jogadores, e Nilton acertou o travessão aos 38, em bomba de longe. Logo depois, aos 41, a dupla de ídolos entrou em ação: Felipe tocou para Juninho, que bateu de primeira e correu para o abraço com o antigo companheiro. Para deixar de lado as frequentes polêmicas sobre a relação dos dois, o Reizinho tascou até um beijo na careca do Maestro.

Daí em diante, o Vasco só tocou a bola e segurou a vitória que o sustenta no G-4 e também mantém a chance de título. Houve tempo para Alecsandro perder um gol, com a defesa de Márcio ao ficar sem ângulo, e também para mais uma expulsão: o atacante Ricardo Bueno foi expulso depois de um carrinho violento em Juninho, o rei do dia. Mais uma vez.



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