Diego Hypolito fica com bronze no solo da China

Depois de quase não participar da competição em Nanning, ginasta brilha na final e conquista quinta medalha em Mundiais: “Se a gente acreditar, nada é impossível”

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"Obrigado meu Deus!" Diego Hypolito agradecia aos céus repetidas vezes ao fim de mais uma final do solo. Se o ditado diz que Deus escreve certo por linhas tortas, ele traçou uma trilha das mais sinuosas para o ginasta até a final do solo deste sábado, na China. Reserva da equipe brasileira, chateado consigo mesmo por não estar no nível da seleção. O turbilhão de emoções de Diego deu uma reviravolta a duas horas do início do Mundial de ginástica artística. Ele entrou no ginásio de Nanning e se mostrou grande mais uma vez. O ginasta viveu um roteiro improvável, que foi coroado no seu último capítulo com a medalha de bronze, mais uma para a coleção do bicampeão mundial do solo. Pela quinta vez Diego subiu ao pódio da competição.

- Estou muito feliz. Vim aqui para dar risada. Minhas provas foram melhor que nos treinamentos. Entrei sorrindo. Quando entrei, vi que ia dar medalha. Vocês não fazem ideia do tamanho da minha gratidão. Era uma vitória já ter competido. Vitória maior ser sexto (por equipes) e ainda mais ser medalhista. Essa medalha tem um sabor muito especial para mim. Se a gente acreditar, nada é impossível. Esse é o dia mais feliz da minha vida - disse o ginasta.

Se antes do Mundial Diego carregava o enorme peso de não se vê no mesmo nível técnico dos companheiros de equipe - não no solo, mas nos outros aparelhos -, no ginásio Guangxi ele ficou leve para voar. E muito alto. O ginasta arrancou gritos de admiração da torcida chinesa com a série de nota 15,700 pontos. Só não conseguiu superar - e por pouco - o "homem de gelo" Denis Abliazin. O russo, que está em grande fase neste ano, fez uma apresentação quase perfeita (15,750) para levar o ouro e enfim abrir um sorriso. Ele venceu até mesmo o fenômeno japonês Kenzo Shirai. O campeão do Mundial de 2013, rei das piruetas, levou a prata (15,733).

Dos três, Diego parecia o mais feliz no pódio. O riso de ponta a ponto de rosto e o olhar marejado estampavam o êxtase da conquista. O bronze do ginasta valeu tanto quanto um ouro.

O último capítulo de um roteiro improvável

Diego entrou leve no ginásio Guangxi, mas muito concentrado. Foi um dos primeiros a chegar ao palco da competição para o aquecimento, cumprimentou alguns adversários e ganhou o abraço caloroso da irmã Daniele Hypolito antes do início da final. A equipe brasileira estava na arquibancada dando apoio, até mesmo Arthur Zanetti estava na torcida horas antes de defender seu título mundial nas argolas.

Ele foi o sexto a se apresentar. Viu de perto o espanhol Rayderley Zapata Santana cair de bunda. O japonês Ryohei Kato deu um passo a mais em uma aterrissagem e mesmo assim tirar a boa nota de 15,466. Foi então que o russo Denis Abliazin deu show. Líder da classificatória, ele fez uma série com poucas falhas e levou a nota de 15,750. O grego Eleftherios Kosmidis acertou sua série, mas não chegou a entrar na briga pelo pódio.

Era a vez de Diego. Ele fez o sinal da cruz, pediu a bênção divina e entrou em ação. Não demorou muita para arrancar da torcida chinesa expressões de admiração. Ele foi quase perfeito. Apenas uma passo para frente na última aterrissagem antes da comemoração e do abraço no técnico bielorrusso Vladimir Vatkin, que mal continha a emoção ao lado do solo. A nota de 15,700 o colocou na segunda posição e bem perto do pódio.

Atual campeão, o japonês Kenzo Shirai se apresentou logo depois de Diego. Rei das piruetas, ele mostrou por que era o favorito. Mesmo pisando fora do tablado em uma aterrissagem, ele conseguiu a nota de 15,733 para tomar a segunda posição do brasileiro. O russo Denis Abliazin, sempre gelado, concentrado, abriu um sorriso. Mal acreditava que estava à frente do fenômeno japonês.

O americano Jacob Dalton fechou a final com uma série muito limpa e colocou pressão para o trio Abliazin, Shirai e Hypolito. Depois de alguns minutos de apreensão, o placar anunciou a nota de 15,600. Diego que só entrou no Mundial a duas horas da classificatória pôde comemorar. Agradecendo a Deus, ele festejava o bronze, mais uma medalha no solo em Mundiais.



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