Dirigentes demitidos pelo São Paulo relatam 'fritura' e até ameaça

Carlos Miguel Aidar não foi poupado das críticas

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Gustavo Vieira de Oliveira, ex-gerente de futebol do São Paulo, e Alexandre Bourgeois, ex-diretor executivo (CEO, na sigla em inglês), relataram nesta terça-feira (15) diversos problemas nos bastidores do clube do Morumbi. As questões levantadas dizem respeito à “fritura” de seus cargos e até mesmo a ameaças de agressão por parte de membros da diretoria do Tricolor.

Vieira de Oliveira, em entrevista ao “Lance!”, disse que sua saída se deu por um aviso de que “haveria limitação de autonomia”, embora o fato não tenha sido esclarecido pelos membros da cúpula do clube. Para ele, porém, o principal problema é que as discussões acerca de seu trabalho não foram feitas “com lealdade, com cumplicidade e propósitos semelhantes”. “O problema é quando isso se dá de forma desleal. Se isso chama-se fritura, em algum momento fui, sim (fritado)”.

Já Bourgeois foi mais incisivo. Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, o ex-CEO chegou a citar o personagem Capitão Nascimento, do filme “Tropa de Elite”: “O sistema queria me derrubar”. Além disso, se defendeu do motivo oficial de sua demissão, que seria a falta de resultados. “Como vou apresentar resultados em três meses, isolado do clube, sem acesso a nada?”. Por fim, denunciou a forma, segundo ele “covarde”, em que se deu sua saída do São Paulo.

“Foi algo surreal. Me colocaram em uma sala com oito pessoas. Foi covarde. Eu fui demitido por um assessor de imprensa (Oliverio Júnior) que, inclusive, falou uma hora que era faixa preta no judô e que, se me encontrasse na rua, ia me pegar. Coisas de um nível muito baixo. E ninguém retrucou isso, deixaram rolar. E eu ali resolvi ficar mais calado do que qualquer coisa. Eu não ia fazer um escândalo. Eu fiquei na minha, quando me falaram, fui embora”.

Além disso, o ex-dirigente afirmou que seu plano de profissionalização tem como referência o Grêmio e “um pouco do Flamengo”, com “pessoas muito especializadas em cada área”. Além disso criticou a forma de gestão atual dos clubes – apesar de não citar o nome de Carlos Miguel Aidar, presidente do Tricolor -, além de revelar detalhes da situação financeira são-paulina.

“O dinheiro do Boschilla entrou e foi gasto em duas horas, pagando onze empresários. Isso está correto? Ninguém negociou nada com ninguém. Simplesmente pagou, aleatoriamente R$ 25 milhões da venda dele. Não havia vontade política para ter de fato profissionalização. O que acontece nos clubes hoje é um presidencialismo quase ditatorial. Isso é nefasto”.



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