Falhas no doping da Jamaica podem tirar Usain Bolt das Olimpíadas do Rio

Donos da casa na próxima edição dos Jogos Olímpicos, os brasileiros podem não ter a chance de ver de perto a famosa comemoração do raio feita por Bolt

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Donos da casa na próxima edição dos Jogos Olímpicos, os brasileiros podem não ter a chance de ver de perto a famosa comemoração do raio feita por Usain Bolt. Isso porque o astro do esporte corre o risco de ser impedido de disputar as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. O motivo é a ameaça da Agência Mundial Antidoping (Wada) de suspender todos os atletas jamaicanos da competição devido ao descaso do país no controle de substâncias proibidas.

O problema veio à tona através de um artigo escrito por Renee Anne Shirley, ex-diretora da Comissão Jamaicana Antidoping, para a revista ?Sports Illustrated?. No texto, ela disse que durante o seu mandato não havia pessoas suficientes para fazer um controle rigoroso, tanto que, entre fevereiro de 2012 e o início das Olimpíadas de Londres, em julho daquele ano, somente um teste fora de competição foi feito. Ela ainda alega que tentou avisar as autoridades locais sobre o problema, mas foi ignorada.

Apesar de durante as principais disputas do mundo os atletas serem constantemente submetidos a testes para saber se estão trapaceando ou não, acredita-se que atualmente a maior parte dos dopings ocorre em um período no qual os atletas não estão competindo, de forma que é possível potencializar os treinamentos e ainda usufruir de benefícios gerados pelas substâncias proibidas dias depois após o uso delas.

Entre os nomes que já se usaram deste artifício está o do badalado ciclista americano Lance Armstrong, que no começo do ano admitiu ter se dopado durante toda a carreira, perdendo assim os sete títulos da Volta da França que conquistou, além do bronze nas Olimpíadas de Sidney, em 2000.

Para piorar a situação jamaicana, vários astros do atletismo do país foram pegos no exame antidoping este ano. Entre eles estão Asafa Powell (foto), ex-recordista mundial dos 100 metros rasos, Veronica Campbell-Brown, campeã olímpica dos 200 m em 2004 e 2008, e Sherone Simpson, que integrou a equipe campeã do revezamento 4 x 100 m nas Olimpíadas de Atenas.

Com tantos casos, obviamente as suspeitas se acentuaram para cima de Usain Bolt, que nos últimos anos dominou as disputas dos 100 m e dos 200 m, com direito a recorde mundial nas duas provas. O velocista, porém, parece não se preocupar com as acusações e até já declarou que aceita que seu sangue seja congelado por 50 anos para provar sua inocência com testes que ainda serão desenvolvidos:

- Certamente (eu concordo que congelem). Faço muitos exames durante toda a temporada e não tenho problema com isso. Podem me submeter a testes o tempo todo. (...) Tudo que eu faço, do meu treino às vitórias e às quebras de recordes, é limpo.

Sendo assim, uma possível punição a Bolt por conta de problemas internos na Jamaica criaria uma enorme polêmica. Porém, o diretor-geral da Wada, David Howman parece disposto a encarar tudo isso:

- Nossa abordagem normal neste tipo de situação é tentar trabalhar com o signatário em particular, neste caso a Agência Antidoping da Jamaicana, mas se nada acontecer podemos pedir ao nosso conselho para declarar o signatário não-conforme, o que traz implicações à possibilidade de as equipes deste país na hora de serem aceitos em vários eventos.



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