Fla endurece e diz que não paga a Ronaldinho mais que R$ 11 mi

Negociações não evoluíram em conversas nesta terça, mas jogador tem mostrado interesse em resolver o caso.

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Os advogados que representam o Flamengo conversaram nesta terça-feira, por telefone, com os representantes de Ronaldinho Gaúcho, em nova rodada de negociações para cessar o litígio com valor de R$ 55 milhões - o montante se refere a duas ações movidas pelo jogador, por rescisão unilateral de contrato e danos morais. No entanto, ainda não houve consenso e, segundo uma das partes envolvidas, os valores propostos pelo clube e pedidos pelo atleta continuam distantes. Os rubro-negros pretendem chegar, no máximo, a R$ 11 milhões para encerrar a questão. A possibilidade de pagamento à vista, a princípio, está descartada.

Na última quinta-feira, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), foi determinado o prazo de 15 dias para que as partes entrem em acordo. Se não acontecer, será marcada nova audiência. Na ocasião, Ronaldinho Gaúcho deixou o tribunal sorridente, mesmo em meio a muita confusão, e disse que, por ele, haverá acordo.

O atleta, hoje no Atlético-MG, tem mantido a postura nos bastidores. Pessoas ligadas à diretoria rubro-negra afirmaram que o ex-camisa 10 da Gávea deseja encerrar a questão rapidamente e amenizar sua relação com a torcida carioca, pois pretende frequentar a cidade. Ele manteve sua casa na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A cúpula do clube também tem interesse em resolver a pendência antes da eleição, marcada para 3 de dezembro, especialmente por conta do valor total da ação, que, embora possa vir a ser reduzido, serve de arma para os opositores.

Porém, a advogada de Ronaldinho, Gislaine Nunes, não mostrou o mesmo otimismo ao deixar a sala de audiências, o mesmo ocorrendo com Bichara Neto, contratado pelo Flamengo. Os advogados de ambas as partes têm adotado cautela no discurso em função do segredo de Justiça, mesma postura do vice jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, que evita falar sobre o tema.

As garantias para o possível acordo deverão ser as cotas de transmissão de jogos. O Flamengo já adiantou R$ 40 milhões na renovação do contrato, verba que seria usada para pagar impostos em atraso. Em acordos judiciais recentes, como o feito com Deivid, o Flamengo também ofereceu essas cotas como garantia, além de outras cláusulas de proteção como multa de 50% por atraso na quitação de parcelas.

Ação contra a Traffic em pauta

Em outra frente, o Flamengo começa a analisar com mais intensidade a possibilidade de uma ação judicial contra a Traffic, em função da interrupção dos pagamentos a Ronaldinho Gaúcho no segundo semestre de 2011. O clube deve cobrar da empresa os pagamentos não efetuados ao jogador, que acabaram acarretando, ao lado de supostos atrasos no recolhimento de encargos, o processo para rescisão unilateral do contrato de trabalho e de cessão de direitos de imagem na Justiça, com pedido de indenização de R$ 40 milhões.

O fim da parceria foi oficializado em fevereiro deste ano. No ato da contratação de Ronaldinho, a Traffic se responsabilizou pelo pagamento de R$ 750 mil mensais, a título de direitos de imagem. A contrapartida seria, entre outras propriedades, exclusividade na negociação de patrocínios, que renderiam percentuais à empresa a partir do cumprimento de metas. O Flamengo, contudo, depois de meses sem patrocinador, acabou fechando com a Procter&Gamble através de outra agência, a 9ine, do ex-jogador Ronaldo. A Traffic, então, suspendeu os pagamentos e passou a discutir a parceria. As tentativas de acordo falharam e, em fevereiro, o Flamengo anunciou que assumiria a totalidade dos vencimentos do atleta.



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