Flamengo vence o Guarani e se distancia da degola

O time de Vanderlei Luxemburgo não pode mais ser ultrapassado pelo Prudente, já rebaixado, e pelo Goiás

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Com dois gols na etapa inicial, Renato e Diego Maurício transformaram o dia da consciência negra em dia da "consciência rubro-negra". A diretoria fez promoção, o técnico convocou, a torcida correspondeu e os jogadores, apesar do nervosismo, não decepcionaram. Pior para o Guarani, que, derrotado por 2 a 1, agora se vê à beira do rebaixamento. Queda que o Flamengo, com 43 pontos, já começa a olhar como uma ameaça distante.

O time de Vanderlei Luxemburgo não pode mais ser ultrapassado pelo Prudente, já rebaixado, e pelo Goiás. Para ficar atrás do Guarani, o Flamengo precisaria perder os dois últimos jogos, com o Bugre vencendo ambos.

No próximo domingo, o time de Vanderlei Luxemburgo enfrenta o Cruzeiro, às 17h, em Volta Redonda. No mesmo dia e horário, o Guarani pega o Grêmio no Brinco de Ouro. Depois de enfrentar um time que luta para ir à Libertadores, o Bugre fecha o Brasileiro no Rio, contra o Fluminense, que sonha com o título. O último adversário do Flamengo é o Santos, que não tem nada a ganhar ou perder.

A equipe de Campinas está em 18º lugar. Como Avaí e Atlético-GO se enfrentam neste domingo, O Flamengo ou termina a rodada em 13º, com três pontos de distância da zona de rebaixamento, ou em 14º, porém com cinco acima do Z-4.

Equipe e torcida rubro-negra bipolares no primeiro tempo

O jogo parecia que seria tranquilo para o Flamengo. Logo na saída de bola, o time se mandou ao ataque para pressionar o Guarani. Na primeira falta, aos dois minutos, Renato lembrou Petkovic em 2001 e acertou perfeito chute de efeito, tirando completamente a bola da barreira e do goleiro Emerson: 1 a 0 e loucura no Engenhão.

Mas o que seria uma benção para os rubro-negros acabou virando castigo. O gol relâmpago inverteu rapidamente a tônica do jogo. De uma hora para outra, foi o Guarani quem passou a pressionar. À beira do gramado, Vanderlei Luxemburgo se desesperava, temendo o pior. E o empate não demorou. Aos 13, Welington cometeu falta próximo à linha de fundo. Baiano, bateu para a área, mas nem foi preciso desvio. A bola quicou e Marcelo Lomba aceitou: 1 a 1. Alguns torcedores gritaram o nome de Bruno.

Exaltar o goleiro preso foi apenas uma das inúmeras reações de instabilidade rubro-negra. O gol transformou o Engenhão em um caldeirão de nervosismo. Lomba passou a ser vaiado até em tiro de meta. Kleberson, com toda sua experiência, assustou-se ao ficar livre na área e chutou fraco, desperdiçando ótima chance, aos 15. Renato bateu falta aos 18, mas nem de longe lembrou o cobrador milimétrico do primeiro gol. Isolou. Aos 31, Diogo recebeu passe açucarado, mas errou o domínio. No contra-ataque, Mazola arrancou, deixou Willians para trás e caiu na área pedindo pênalti. O cenário era favorável ao Guarani.

A sorte do Flamengo é que o destino já tinha dado uma mãozinha. O veloz Diego Maurício entrou no lugar do pesado Deivid, que saiu reclamando de dores no tornozelo, aos 21. Pouco depois, aos 33, Diogo errou mais uma jogada, mas acertou involuntariamente. A tentativa de drible bateu no zagueiro e sobrou limpa para Diego Maurício soltar a bomba, colocando novamente o Flamengo em vantagem.

O clima no estádio voltou a ser de euforia, e o ambiente se refletiu no time. Aos 38, Renato fez linda jogada e por pouco não marcou o terceiro. Os passes eram mais curtos, cadenciados. Até Lomba recebeu aplausos.

A tensão passava a vestir verde. Mazola se jogou duas vezes tentando cavar mais uma chance de falta com Baiano. Apodi se irritou com Diogo. Vagner Mancini reclamou que os gandulas passaram a demorar na reposição das bolas. O Flamengo fazia o tempo passar à espera do intervalo.

Tensão de sobra e chances raras na etapa final

O segundo tempo começou nervoso como o primeiro. O Guarani tentava acelerar o jogo, mas errava passes simples. O mais perigoso continuava sendo Mazola, constantemente parado com falta.

Mancini, que já havia colocado Mário Lúcio no lugar de Diego Barboza, mudou mais uma vez e substituiu Preto por Paulinho. Luxemburgo respondeu colocando Marquinhos no lugar de Kleberson, que saiu irritado, fazendo cara feia no banco de reservas. O pentacampeão não era o único perdendo a cabeça. Juan e Renato discutiram ásperamente em campo após um erro do time pelo lado esquerdo. Lomba, mesmo sem as sonoras vaias da etapa inicial, continuava assustado. Em falta cobrada por Baiano, socou para frente uma bola defensável.

O Flamengo atacava bem menos do que na etapa inicial. O Guarani aproveitava os espaços, adiantava a marcação, tentava mostrar força. Num raro contra-ataque permitido, Diego Maurício recebeu amarelo por simulação de pênalti, aos 21.

A torcida rubro-negra percebia que o momento era verde e tentava intimidar os rivais na base do grito. Não dá para dizer se a pressão da arquibancada teve ou não influência, mas fato é que Maycon saiu com bola e tudo em uma tentativa de arrancada pela esquerda, aos 25. Lance bisonho, que resume as pernas bambas em campo.

Pensando nisso, Luxemburgo compensou a saída de Kleberson colocando Petkovic no lugar de Diogo, que não vinha bem. Claramente o objetivo era dar mais cadência ao jogo e melhorar o passe, mas aconteceu o contrário. Em sua primeira jogada, o sérvio não passou nem cadenciou. Tentou fazer gol de placa, arrancando até ser desarmado na área. A torcida delirou.

Em sua última cartada, Mancini sacou Mário Lúcio e colocou Pablo, de 17 anos, que entrou dando trabalho. Em uma troca de passes do garoto com Mazola, surgiu uma falta que Baiano mais uma vez jogou na área. Aílson subiu e cabeceou com perigo, para fora, aos 36. Os rubro-negros prenderam a respiração.

Pouco depois, Marquinhos e Angelim tiveram duas boas chances de ampliar. Mas a torcida que lotou o Engenhão não estava ligando a mínima para o saldo. Queria apenas o apito final e os três pontos preciosos para um fim de ano sem choro.



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