Flu teme inatividade e leva Michael a clínica para evitar volta às drogas

Michael ficou abatido após a contusão e apresentava quadro de ansiedade, além de saudade da família.

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O Fluminense aumentou os cuidados com o atacante Michael. Afastado dos gramados há quase quatro meses por ter consumido cocaína, o jovem de 19 anos passou a ir uma clínica de reabilitação com frequência e chegou a dormir no local nas últimas semanas. Uma lesão no púbis, que o deixou longe dos treinamentos no meio de agosto, fez com que o jogador ficasse mais ansioso por conta da inatividade. O julgamento por doping ocorrerá nesta quinta-feira, no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), às 12h.

O camisa 27 treinava normalmente com os companheiros, apesar de não poder entrar em campo, e até era levado para algumas concentrações, para ficar perto dos companheiros. Ele participou inclusive do período de treinos do Tricolor em Orlando, nos Estados Unidos, durante a parada do calendário do futebol brasileiro para a Copa das Confederações.

Michael ficou abatido após a contusão e apresentava quadro de ansiedade, além de saudade da família. A demora no julgamento e a indefinição da punição que terá que cumprir fez com que o jogador ficasse mais recluso no apartamento onde mora, nas Laranjeiras. Preocupado, o departamento médico tricolor, responsável pelo caso, optou por intensificar o tratamento na clínica de reabilitação. Ele também recebe acompanhamento permanente de uma psicóloga e um psicanalista. Tudo é pago pelo Tricolor.

Michael foi flagrado no exame antidoping no dia 6 de abril, na partida contra o Resende, pelo Campeonato Carioca. Após cumprir um mês de suspensão preventiva, ele continuou sem atuar através de uma punição voluntária, que segue até o dia do julgamento, estratégia da defesa para mostrar que o problema é social e que o atacante deseja se recuperar.

A família de Michael é de São Lourenço da Mata, interior de Minas Gerais. O pai do atacante chegou a passar algumas semanas no Rio de Janeiro, mas as visitas não são permanentes. O jogador tem uma irmã de oito anos e os parentes se revezam para tentar permanecer ao máximo com o camisa 27.

Pelo fato do próprio atacante ter admitido o consumo de cocaína, a possibilidade de absolvição é muito pequena. Pessoas do clube ouvidas pela reportagem apostam em uma suspensão de dois anos com redução para um. Para isso, Michael terá que comprovar que não teve recaída em exames mensais de urina. Este tipo de pena foi aplicada ao goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, e ao atacante Max, do América-RN.

Em entrevista à rádio Tupi, poucos dias após a divulgação do doping por cocaína, o coordenador administrativo de futebol Marcelo Penha disse que o caso era preocupante e que Michael admitiu o consumo da droga não apenas em uma oportunidade. O jovem também acabou desconvocado de jogos da seleção Sub 20.

Antes de ser suspenso, Michael vivia grande fase no Fluminense. Ele chegou a marcar três gols em uma vitória de virada por 3 a 1 sobre o Macaé. Foi justamente na festa de comemoração sobre a atuação nesta partida que o jogador usou a cocaína. Na equipe profissional desde 2012, o camisa 27 marcou cinco gols em 12 jogos.



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