Joanna Maranhão revela medo de ex-técnico e novo abuso sexual

Em fevereiro de 2008, Joanna Maranhão reuniu coragem para revelar numa entrevista que havia sido abusada por um ex-treinador

Joanna chora ao receber medalha no Pan; nadadora inspira os jovens. | Reprodução
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O fim das atividades da natação no Flamengo levou Joanna Maranhão de volta ao lar. Com poucos patrocinadores, ela retornou a Recife e trabalha atualmente no Clube Português com o técnico Nikita, treinador do início de sua carreira e com quem mantém fortes laços de amizade.

Mas a volta à cidade natal para viver com a família e ficar mais próxima dos amigos é apenas um dos lados da moeda para a nadadora de 25 anos, duas vezes medalha de prata em Jogos Pan-Americanos.

O lado ruim é ter de conviver na mesma cidade com Eugênio Miranda, ex-treinador com quem Joanna trava processo na justiça. Ela acusa Miranda de abuso sexual, em caso que ganhou grandes proporções.

Em fevereiro de 2008, Joanna Maranhão reuniu coragem para revelar numa entrevista que havia sido abusada por um ex-treinador. Depois disso, foi aprovada uma lei federal que leva seu nome, trazendo como novidades a alteração nas regras sobre a prescrição do crime de pedofilia e estupro praticados contra crianças e adolescentes.

Joanna admite que não se sente tão confortável vivendo na mesma cidade que Eugênio. "Rezo para não encontrá-lo em Recife agora que voltei a morar aqui. Minha mãe diz que eu preciso enfrentá-lo de cabeça erguida, eu digo que gostaria, mas me sinto desprotegida perto daquele homem", falou em entrevista. "Na última vez que cruzei com ele foi na primeira audiência e eu senti uma fraqueza, um medo...não foi legal, foi péssimo", completou.

A nadadora falou sobre o caso ao ser questionada se perdoaria o agressor. Não sabe dizer isso ao certo, já que as sensações sobre o ocorrido ainda são confusas em sua mente.

"Não sei explicar o que sinto por ele, não é algo que me faça bem e nem está muito resolvido dentro de mim. Gostaria de perdoá-lo, mas não consigo e não tenho vergonha de admitir. Essa história toda me fez crescer, mas tem traços de minha personalidade que tenho dificuldade em controlar e isso é o resquício de tudo que passei", falou.

"Mas a vida vai me dando forças, quem sabe um dia eu consiga te responder essa pergunta e dizer que o perdoei? Espero que eu consiga para o meu próprio bem. O que me incomoda mais é ele não admitir o que fez, isso me dá uma raiva muito grande", afirmou.



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