Jogador é condenado a R$ 80 mil e ainda será afastado por 720 dias

Durante a investigação conduzida pelo MP-GO, Nikolas, que atualmente está sem clube, admitiu as irregularidades, mas não enfrentou acusações criminais

Investigação por manipulação de resultados | Divulgação
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O lateral Nikolas Farias foi condenado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) nesta segunda-feira, 22 de maio. Ele recebeu uma pena de R$ 80 mil e ainda foi suspenso por 720 dias devido à sua participação em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Gaúcho de 2023. Essa é a primeira punição imposta a um jogador envolvido na operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). 

Nikolas Ferreira foi julgado à revelia por não comparecer à sessão. O julgamento de Nikolas Farias está relacionado a uma partida na qual ele cometeu um pênalti contra o Esportivo durante o Campeonato Gaúcho de 2023, quando ele jogava pelo Novo Hamburgo. Durante a investigação conduzida pelo MP-GO, Nikolas, que atualmente está sem clube, admitiu as irregularidades, mas não enfrentou acusações criminais. 

No entanto, ainda havia a possibilidade de punição no âmbito esportivo. Também estava previsto que o atacante Jarro Pedroso, que defende o Inter de Santa Maria, seria julgado na mesma sessão. No entanto, o TJD-RS aceitou o pedido da defesa do jogador para adiar o julgamento, a fim de preparar uma melhor defesa.

A investigação conduzida pelo MP-GO sobre esquemas de manipulação de resultados em partidas de futebol para favorecer apostadores teve início em fevereiro deste ano, após uma denúncia do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. Na ocasião, o dirigente revelou que o meia Marcos Vinícius Alves Barreira, conhecido como Romarinho (que teve seu contrato rescindido em 2022), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti durante o jogo contra o Sport, pela Série B. Posteriormente, em abril, o Ministério Público do Estado de Goiás ampliou as investigações, passando a apurar possíveis eventos irregulares em partidas da Série A e campeonatos estaduais. 

Na semana passada, exatamente, na quarta-feira, dia 17, a Câmara dos Deputados estabeleceu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar a manipulação de resultados em jogos de futebol. O pedido para a criação da comissão foi apresentado no final de abril pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). 

CPI

O deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas-PI) foi o nome escolhido para assumir a presidência da CPI das Apostas na Câmara dos Deputados. O primeiro e segundo vice-presidentes ficou com André Figueiredo (PDT-CE) e Daniel Agrobom (PL-GO). O relator será Felipe Carreras (PSB-PE).  A CPI terá 120 dias, prorrogáveis por mais 60, para investigar essa possível fraude no esporte. De acordo com o parlamentar piauiense, a Comissào será  oportuna e surge como um instrumento que facilitará a elucidação desses fatos. 

"Durante este período de trabalho trabalharemos incansavelmente em conjunto na coleta e análise de provas, na oitiva de testemunhas e demais tratativas de estilo que o caso requer", disse. 



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