Jogadores do Vitória negam estupro: “Quer se aproveitar”

No aeroporto da capital baiana, atletas do Rubro-Negro são recebidos por torcedores e dizem que mulher que prestou queixa queria se aproveitar

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Jogadores do Vitória negam estupro: "Quer se aproveitar" | Thiago Pereira
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Na noite desta segunda-feira, o aeroporto de Salvador teve mais movimento que o normal. Por volta das 19h30m (horário de Brasília), os jogadores do Vitória desembarcaram na capital baiana após baterem o Atlético-PR por 5 a 3. Entretanto, o motivo do alvoroço não era a alegria do triunfo, mas uma acusação de estupro feita por uma mulher em Curitiba.

Ao deixar a zona de desembarque, o diretor de futebol do clube baiano, Raimundo Queiroz, foi categórico:

- Pela última vez, não fomos acusados de nada ? afirmou o dirigente.

Os nomes dos acusados não foram divulgados. No entanto, segundo informações de bastidores, um dos atletas envolvidos seria o meia Felipe. No aeroporto, o jogador negou que tenha tido qualquer contato com a mulher que prestou a queixa.

- Não tenho nada a dizer. Estava dormindo. Não conheço a mulher. Nunca a vi na minha vida - garantiu.

O zagueiro Victor Ramos disse que estava dormindo e se negou a falar sobre o assunto. Já o goleiro Wilson deu sua opinião a respeito da suposta vítima.

- Fiquei surpreso. Dormi cedo, logo depois da partida. Quando acordei, olhei na internet e vi a notícia. Isso não aconteceu. Ninguém saiu depois da partida. Acho que é como disseram: ela quer se aproveitar da situação ? declarou o goleiro Wilson.

Euller seguiu uma vertente parecida:

- Estou por fora dessa história da acusação de estupro. Pelo que fiquei sabendo, é mentira e ela deve estar querendo só se aproveitar ? declarou.

No fim desta manhã, Raimundo Queiroz já havia se pronunciado em nome do clube. Em entrevista coletiva, o diretor de futebol afirmou que a polícia paranaense não havia feito contato com o Vitória sobre o caso:

- Não fomos convocados para dar qualquer tipo de declaração. Não temos nada a declarar, porque não fomos procurados por ninguém. Eles [os jogadores] ficaram todos no sétimo andar, e elas ficaram, parece, no terceiro. Não podemos falar de um assunto do qual sequer temos conhecimento. É uma afronta as coisas que estão colocando a respeito do Vitória, que não são verdade. Nós sequer fomos procurados. Não tenho o que falar com vocês - disse.

Entenda o caso

A suposta vítima, de 44 anos, acusa quatro jogadores do Vitória de estupro. Ela alega ter sido obrigada a manter relações sexuais com os atletas em um dos apartamentos do Hotel Bourbon, de Curitiba, onde a equipe estava hospedada. Em depoimento à Polícia Civil, uma amiga da vítima afirmou que não houve crime.

Em entrevista coletiva, a delegada titular da Delegacia da Mulher, Marcia Rejane Vieira, afirmou que a suposta vítima afirma ter sido violentada, mas não foi precisa quanto ao caso.

- Ela não precisa quais os atos sexuais a que ela foi submetida - disse a delegada.

Entre as dúvidas quanto ao relato está o fato de a mulher não saber dizer se três ou quatro pessoas participaram do ato. Ela voltará à polícia para dar continuidade ao depoimento, pois, segundo a delegada, a mulher estava cansada.

A vítima fez exames em um hospital para verificar se houve violência sexual, e somente após o resultado - que deve sair entre 10 e 15 dias - a delegada deve decidir se chamará representantes do Vitória para depoimento. Marcia ainda lembra que as oitivas, caso sejam necessárias, não precisam ocorrer em Curitiba.

Ainda segundo a versão da mulher, ela foi até o hotel com uma amiga, que conhecia um jogador do Vitória.

- O que ela diz é que da balada vieram para este quarto cinco pessoas: ela, a amiga e mais três pessoas. Num certo momento, dessas três pessoas, duas (a amiga e um jogador) deixaram o quarto. Foram para outro lugar, e ela teria ficado com esses dois rapazes. Ai vem as divergências porque ela diz que ficou sozinha no quarto e que de repente as pessoas entraram no quarto. Outra hora diz que as pessoas estavam no quarto. Então, a princípio, ela diz que foram três, ou quatro, ou dois - relatou a delegada.



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