Botafogo vence o Volta Redonda e é líder do grupo A

A invencibilidade na temporada - agora com dez jogos na conta - e os 100% de aproveitamento na Taça Rio continuam

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Herrera foi o grande destaque da partida em São Januário, com dois gols anotados | Satiro Sodré
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A invencibilidade na temporada - agora com dez jogos na conta - e os 100% de aproveitamento na Taça Rio continuam. Mesmo longe de ser brilhante, o Botafogo superou o Volta Redonda por 3 a 1, neste domingo, em São Januário, e segue líder do Grupo A. Herrera perdeu chances, mas deixou dois e ajudou o time a superar o rival no sufoco, nos 15 minutos finais. Antônio Carlos fechou o placar, e Márcio Azevedo, contra, descontou. A vitória veio na base do jogo aéreo, com dois gols de cabeça, ainda que Loco Abreu, a referência do estilo, não tenha participado.

O visitante volta para casa sem o pontinho esperado e cai para a terceira posição, ao menos provisoriamente, em sua chave. Na próxima rodada, recebe o Bonsucesso, domingo que vem. No sábado, o Glorioso vai a Moça Bonita para defender a ponta contra o Bangu, em partida que deve marcar a reestreia de Jobson. No intervalo, com as dificuldades que a equipe vinha tendo, vários alvinegros gritaram pelo atacante, que estava em um dos camarotes.

Sonolência e gols perdidos

A qualidade do jogo no primeiro tempo foi diretamente proporcional ao interesse que os torcedores demonstraram. Com estádio quase vazio, Botafogo e Volta Redonda começaram em ritmo lento, como em um amistoso. Nos primeiros dez minutos, apenas toques para os lados, muita marcação e dois cruzamentos alvinegros que não causaram perigo.

Preocupado em defender, o visitante não tinha mais do que três jogadores no campo de ataque e não conseguia ficar com a posse de bola por mais de dez segundos. Tanto que o primeiro chute só foi desferido após os 25, quando o jogo já apontava desvantagem do Voltaço. Até lá, só deu o Glorioso, que abriu o placar aos 16, sem dificuldades, com Herrera, depois de passe de Loco Abreu, pelo meio da defesa. O argentino teve o trabalho de desviar do goleiro Douglas.

A variação de esquema desta vez não fez parte do leque de Oswaldo de Oliveira. A disposição tática do tradicional 4-4-2 ficou clara, com Fellype Gabriel pela esquerda e Felipe Menezes, pela direita. As investidas do Botafogo, no entanto, predominavam pelo lado da sombra, com Herrera e Lucas. Foi com esta tabelinha que quase saiu o segundo. Mas o camisa 17 desperdiçou a bola rolada por Menezes, que agiu como um pivô, fazendo a função de Loco Abreu, aos 24.

Logo depois, sempre com o miolo de zaga esburacado, de novo Herrera saiu na cara do goleiro, mas chutou à esquerda. Em lance idêntico, Loco, aos 32, se enrolou todo e parou em Douglas. E como diz um dos maiores ditados do futebol, quem não faz, leva. O caminhão de chances pesou nas costas quando Márcio Azevedo e Jefferson não afastaram a cabeçada do zagueiro Robson, aos 39, e a bola ultrapassou a linha. Empate, e gol contra dado para o lateral alvinegro.

Diferentemente de outras ocasiões, em que se recuperou rapidamente do baque, o time de Oswaldo de Oliveira sentiu e baixou a cabeça, abrindo caminho para a evolução do Voltaço, que equilibrou o duelo. Até o fim da etapa, mais uma cabeçada para fora de seu centroavante e só. A monotonia contagiou até a torcida do Botafogo, que mal se manifestou na saída para o intervalo.

Pressão aérea define

A proposta de contragolpe da equipe do Vale do Aço foi ratificada com a substituição do atacante Jhonnattann pelo meia Julio Cezar. Mesmo assim, o único invicto do Carioca sofria para impor seu ritmo e não pressionava. Felipe Menezes se esforçava para armar, mas errou muito mais do que acertou, e Herrera, o mais participativo, sumiu. A bola aérea, então, passou a ser desafogo.

Antônio Carlos, de bicicleta e mais tarde de cabeça, e Fábio Ferreira, de cabeça, assustaram, assim como dois chutes de Menezes, que pararam na zaga, já na pequena área, e na ponta dos dedos de Douglas, em pancada de longe. Aos poucos, o Alvinegro voltou a se acertar e animou sua torcida, que, em pequeníssimo número, fazia o possível para empurrar. A entrada do veloz Caio no lugar do inoperante Fellype Gabriel, antes da parada técnica, surtiu efeito.

A superioridade se transformou em gol aos 31 minutos. Em nova bola cruzada, Antônio Carlos, em posição irregular, tocou de cabeça para Herrera voltar a brilhar e fazer 2 a 1. A desvantagem fez com que o Voltaço precisasse abandonar a postura retraída, mas a qualidade técnica não permitia sequer que o goleiro Jefferson fosse incomodado.

Ambos os lados ainda mudaram duas vezes, mas nada que mexesse com a estrutura da partida. Aos 43, Antônio Carlos, de tanto insistir no ataque, deixou o seu, também de cabeça, o primeiro gol dele na temporada, e deu números finais ao suado triunfo.



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