“Lugar de Mulher” é também em estádios de futebol

Torcedoras se juntam para acompanhar os times de coração

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| Felipe Ruiz
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Torcedoras dos principais clubes de São Paulo têm se unido para dar força – umas às outras – numa atividade que deveria ser simples e puramente prazerosa, mas que, na prática, ainda oferece riscos: ir a um estádio de futebol.

Nessa luta, não há clubismo. Exemplo: a torcida Verdonnas, formada por palmeirenses, deu força para as corintianas do Movimento Alvinegras fundarem a torcida delas.

– Eu queria ter essa luz iluminada, mas foi um dia, a gente estava na internet e elas tinham lançado um movimento justamente para reunir meninas pra ir pro estádio. E como eu tenho amigos palmeirenses, muita coisa pelo algoritmo virtual vem do Palmeiras pra eu ver, e veio o movimento delas pra eu ver e eu guardei aquilo na minha cabeça. Aí levei pra essas doidas aqui junto comigo, e falei "Olha meninas, a ideia é essa. Eu vi no movimento do Palmeiras, eu achei muito legal, tem tudo a ver com a gente” – recorda a corintiana Alana Takano.

– Antes de nós sermos rivais, nós somos mulheres e estamos lutando pela mesma causa. A gente acabou criando amizade – conta a palmeirense Amanda Honel.

Há também uma torcida feminina do Santos, a Bancada das Sereias, e uma do São Paulo, a Sãopraelas. Todas se juntaram para que pudéssemos contar suas histórias e falassem das dificuldades que enfrentam para assistir aos jogos dos times de coração no estádio. O resultado você vê no vídeo acima, no topo desta página.

– Em dia de jogo, por exemplo, o problema começa quando a gente sai de casa. Você já vai sofrendo assédio na rua até chegar no estádio e quando chega você tem que ficar escutando piadinha sem graça, sabe? Coisa que você não é obrigada a escutar – diz a são-paulina Giovanna Sanches.

– Qual a dificuldade que eles têm de aceitar que o estádio é um lugar pra qualquer pessoa ir? Não só para homens. Que tipo de regra foi essa que futebol é coisa de homem? – questiona a santista Fernanda Campos.



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