Maior “arma”, defesa corintiana é a melhor da história da Libertadores

Com dois gols sofridos em 11 jogos, média do Timão é de 0,18, a mais baixa do torneio

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Castán e Chicão comandam a melhor defesa da história da Libertadores | Daniel Augusto Jr / Agência Estado
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O Corinthians conta com um impressionante retrospecto para chegar à decisão da Taça Libertadores pela primeira vez em sua história. Se o talento de Neymar é a aposta do Santos para inverter a vantagem, o Timão, que venceu o jogo de ida, quarta-feira passada, na Vila Belmiro, por 1 a 0, conta com a força de sua defesa para ficar com a vaga. Na história do principal torneio das Américas, disputado desde 1960, nunca um clube teve uma média tão baixa de gols sofridos.

Em 11 partidas até o momento, o clube da capital paulista foi vazado apenas duas vezes (média de 0,18 por duelo), ambas na primeira fase. Logo na estreia, ficou no 1 a 1 contra o Deportivo Táchira-VEN, em San Cristóbal. Já na penúltima rodada do grupo, levou um na vitória por 3 a 1 sobre o Nacional-PAR, em Ciudad del Este ? o resultado garantiu a classificação às oitavas.

Em comparação com os clubes que fizeram mais de dez partidas em uma edição do torneio, quem mais se aproxima do Timão é o Boca Juniors de 1977. Em sua caminhada até o título, o clube de Buenos Aires levou apenas três gols em 13 partidas, média de 0,23. Também campeão, o Nacional, do Uruguai, sofreu quatro em 13 rodadas (0,30) na edição de 1971.

- Não é só mérito da defesa. Nossa equipe é muito consciente, todo mundo ajuda na marcação. Isso facilita muito o nosso trabalho. A equipe inteira tem méritos ? afirmou o zagueiro Leandro Castán.

Times que não chegaram à final também já conseguiram um grande desempenho defensivo. Mesmo assim o Timão versão 2012 é superior. Em 2010, o São Paulo teve quatro bolas em sua rede em 12 jogos (0,33). Entretanto, a queda veio nas semifinais justamente pelos gols sofridos. O Tricolor perdeu para o Internacional por 1 a 0, em Porto Alegre, venceu no Morumbi por 2 a 1, mas acabou eliminado por ter levado um casa.

O desempenho do Corinthians é melhor até contra os clubes que fizeram menos de dez partidas. Até 1999, o campeão da Libertadores tinha o direito de entrar na edição seguinte em fases adiantadas. O privilégio chegou a ser ainda maior até 87, quando o vencedor estreava já nas semifinais. Em 70, o Estudiantes-ARG ficou com o título disputando somente quatro partidas e sofrendo um gol. Mesmo assim, a média é de 0,25 e não supera a do Timão.

Além da defesa, o Santos precisará superar outro obstáculo. O goleiro Cássio, um dos responsáveis pela vitória do Corinthians por 1 a 0, na Vila Belmiro, ainda não sofreu gols desde que virou titular. O goleiro assumiu o lugar que era de Julio Cesar nas oitavas, contra o Emelec-EQU, e passou ileso nas cinco partidas que disputou.

Dois detalhes dificultam ainda mais a missão do Peixe na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Pacaembu: O Corinthians não sofreu gols em casa nos cinco duelos que realizou no mata-mata. Para eliminar o Corinthians no tempo normal, o Santos será obrigado a fazer mais gols do que adversário sofreu em toda a competição. Um empate ou uma vitória colocam o Timão na final. Se o placar do primeiro jogo se repetir, mas em favor do Peixe, a decisão será nos pênaltis.



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