Marketing do Fla estaciona: quase 8 meses sem produtos de R10

Vice de marketing diz que contratos de licenciamento entre o clube e o jogador

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Quando Ronaldinho Gaúcho pegou o telefone da mão do irmão e empresário Assis para comunicar pessoalmente a presidente Patricia Amorim que resolvera aceitar a proposta do Flamengo, a dirigente ficou emocionada, as mãos começaram a tremer e ela teve que encostar o carro no acostamento para acreditar no que acabara de ouvir. Quase oito meses depois da chegada do camisa 10, o carro-chefe do Rubro-Negro está estacionado. Além de ainda não ter acertado com um patrocinador master, o clube não licenciou nenhum produto com a marca do jogador, o que renderia verbas para as duas partes envolvidas.

- Estamos para fechar os contratos de licenciamento esta semana, no máximo na semana que vem. Falta definir a relação Flamengo-Ronaldinho, definir o percentual das partes. Serão mochilas, bonés, linha de vestuário, bonequinhos. Vamos fazer uma parceria de produtos do gênero alimentício também - garantiu o vice-presidente de marketing do Flamengo, Henrique Brandão.

Há um mês, houve um encontro entre dirigentes do clube e Assis para tratar do tema. A reunião, realizada numa churrascaria do Rio, apontou os produtos que seriam licencidados, só que nada aconteceu.

O discurso tem sido o mesmo há algum tempo, mas até agora nenhum bonequinho para contar história. A única ação promocional foi a criação de uma bandeira com a imagem de R10. No Vasco, por exemplo, o goleiro Fernando Prass, nome bem menos badalado do que Ronaldinho, já tem sua miniatura à venda. Carlos Alberto também tinha quando estava no clube. Na apresentação de Juninho Pernambucano, além do uniforme oficial, camisas personalizadas do jogador estavam à disposição dos torcedores. O Rubro-Negro recebe apenas royalties da fornecedora de material esportivo com as vendas da camisa 10.

- A demora dessa e outras ações de marketing ocorre porque algumas coisas não podem ser desenvolvidas. Em alguns casos, o Ronaldinho já tem contrato e parceria, como revistas em quadrinho, por exemplo ? ponderou Henrique Brandão.

Segundo dados do departamento de marketing do Flamengo, o número de peças compradas pelos torcedores entre janeiro e maio deste ano chegou a 100 mil por mês. A maioria, 65%, de Ronaldinho. Cabe a ressalva de que a camisa já sai da fábrica com o nome e número do capitão.

Em janeiro, o Gaúcho foi apresentado na Gávea diante de cerca de 20 mil torcedores e num palco onde estavam centenas de pessoas, entre elas Valesca Popozuda, Ivo Meirelles, torcedores e dirigentes que nada tinham a ver com a festa. Depois de dizer ?Tamo junto, agora sou Mengão?, o camisa 10 logo deixou o palco de madeira que parecia frágil diante de tanto peso.

Recentemente, o Botafogo convocou Gerson, o Canhotinha de Ouro, para recepcionar Renato na sua apresentação em General Severiano. Na chegada do volante Airton, campeão brasileiro em 2009, contratado por empréstimo junto ao Benfica-POR, nenhum dirigente apareceu para entregar a camisa ao reforço. A tarefa ficou sob responsabilidade dos assessores de imprensa.

- Não vejo essas apresentações como diferencial. O mais importante é que os jogadores entrem no time para jogar e ajudar o Flamengo a ser campeão. O perigo é fazer oba-oba e o tiro sair pela culatra. Claro que são jogadores importantes, mas isso não faz diferença. É diferente da chegada de Ronaldinho e Thiago Neves - completou Brandão.

Internamente, o departamento de marketing tem sofrido questionamentos. Sobre o patrocinador master, o clube rejeitou recentemente uma proposta de R$ 16 milhões até o fim do ano de uma empresa do ramo de automóveis.

- Estamos negociando, e pode evoluir na semana que vem - completou Henrique Brandão, na resposta padrão dos últimos tempos.

Nesta terça-feira, o marketing do Fla sofreu uma baixa com a saída do diretor Harrison Baptista. Responsável pelo projeto da contratação de Ronaldinho, ele agora irá cuidar da conta do clube/R10 na Traffic.



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