Milan vence Real Madrid em jogo eletrizante na Espanha

Partida no Santiago Bernabéu tem falha de Dida, erros de arbitragem, troca de empurrões e vitória histórica dos italianos sobre os espanhóis

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Kaká tinha dito que não comemoraria se fizesse um gol contra o Milan nesta quarta e, ao fim de 90 minutos no Santiago Bernabéu, o galáctico de fato não teve o que comemorar. Além de não marcar, Kaká viu o Real Madrid ser derrotado pelo Milan num jogo muito movimentado e só decidido a dois minutos do fim.

Pato, com dois gols, comandou a virada do time italiano, que venceu por 3 a 2. Pirlo completou o marcador para os visitantes, com Raúl e Drenthe anotando para o Real Madrid. A partida foi uma montanha-russa de emoções. Houve pênalti não marcado para o Real Madrid, gol do Milan mal-anulado, troca de empurrões entre os jogadores e falhas pouco usuais de goleiros do naipe de Dida e Casillas.

No fim, melhor para o Milan, que assumiu a liderança do Grupo C da Liga dos Campeões, com os mesmos seis pontos do Real Madrid (os italianos levam vantagem no confronto direto, primeiro critério de desempate). Olympique de Marselha, que bateu o Zurich por 1 a 0 nesta quarta, aparece em terceiro, com três pontos, assim como o Zurich (também leva vantagem no confronto direto).

Antes de a bola rolar, Kaká foi cumprimentado por todos os jogadores do Milan. O time visitante foi a campo com quatro brasileiros na equipe titular: o goleiro Dida, o zagueiro Thiago Silva, Ronaldinho Gaúcho e Pato. No Real Madrid, além de Kaká, Marcelo foi titular.

Sem Cristiano Ronaldo, machucado, o técnico Manuel Pellegrini escalou Granero ao lado de Kaká na criação, com Raúl e Benzema no ataque. O Milan, apesar de jogar fora de casa, começou o jogo bem postado, dando trabalho ao setor defensivo do Real Madrid. Ronaldinho Gaúcho, aberto pela ponta esquerda, chegou a fazer algumas jogadas de efeito enquanto o placar ainda estava inalterado.

Aos poucos, entretanto, o Real Madrid começou a equilibrar as ações. A primeira boa chegada dos donos da casa aconteceu aos 13 minutos. Benzema invadiu a área pelo lado direito e levou carrinho por trás de Zambrotta. Pênalti claro que o árbitro belga Frank De Bleckeere ignorou.

O lance mostrou que o Real não estava morto e, com bons avanços de Marcelo pelo lado esquerdo, o time da casa começou a gostar do jogo. Um lance fortuito, porém, acabou sendo determinante para mudar a cara do primeiro tempo. Aos 19, Granero recebeu na meia lua e bateu sem muita força, no meio do gol.

Dida espalmou para baixo, para fazer a defesa em dois tempos, mas quando foi agarrar a bola, jogou-a contra o próprio joelho. A bola correu para frente, o suficiente para Raúl apanhar, driblar o brasileiro e tocar para o gol vazio. O Milan acusou o golpe e pouco atacou até o intervalo. O Real, embora não estivesse muito inspirado, procurou o ataque e esteve perto de ampliar após bela jogada de Marcelo. O lateral avançou pela esquerda, limpou a marcação e soltou a bomba de fora da área. Dida fez grande defesa. Na segunda etapa, o Real dominou os primeiros minutos.

Raúl, duas vezes, e Kaká assustaram Dida antes dos dez minutos de jogo. Aos poucos, porém, o Milan equilibrou a partida e passou a ter mais posse de bola. Comendo pelas beiradas, os comandados de Leonardo acabaram por surpreender o Real Madrid. Aos 18 minutos, Pirlo deixou tudo igual com uma bomba de fora da área. A bola entrou no canto direito de Casillas, que pulou um tanto atrasado e não achou nada. Três minutos mais tarde, aconteceu a virada milanista. Zambrotta fez lançamento para Pato pelo meio dos zagueiros do Real.

Casillas saiu da área e tentou cortar de cabeça, mas não achou nada. O camisa 7 passou como um foguete, alcançou a bola e tocou para a rede. Muita comemoração por parte dos jogadores do Milan após a virada. O técnico do Real, Manuel Pellegrini, resolveu mexer na equipe e sacou o meia-atacante Granero para dar lugar ao meia Drenthe. O time, na base do abafa, acabou melhorando e chegou ao empate com o próprio holandês, aos 31.

Raúl bateu escanteio para fora da área, onde Drenthe estava com certa liberdade. O jogador bateu forte, rasteiro, e acertou o canto esquerdo de Dida, que voou mas não conseguiu fazer a defesa. O Milan desta vez não se abateu e respondeu logo em seguida, em grande arrancada de Ronaldinho pela esquerda. O cruzamento do Gaúcho foi mal-afastado pela zaga do Real e Seedorf pegou a sobra dentro da área. O tiro do holandês, entretanto, saiu por cima do gol. Daí em diante, a partida seguiu corrida, com as duas equipes buscando a vitória.

Dida voltou a falhar, desta vez em chute de Kaká, e soltou a bola nos pés de Raúl. O capitão completou para o gol e a bola chegou a entrar antes de Nesta afastar, mas a arbitragem acertou ao marcar impedimento do camisa 7. O Milan voltou ao ataque e teve seu momento para reclamar da arbitragem. Após escanteio da esquerda, Thiago Silva subiu no primeiro pau e tocou para a rede. O gol foi inexplicavelmente anulado, uma vez que não houve falta no lance. Na reclamação que se sucedeu, houve empurra-empurra entre jogadores dos dois times. Raúl, um dos mais exaltados após ter a orelha acertada por Ronaldinho, levou cartão amarelo. O jogo enfim foi decidido aos 43 minutos. O Milan chegou tocando a bola de pé em pé até Ronaldinho servir Seedorf no lado esquerdo da área.

O holandês parou a bola, olhou a entrada de Pato pela direita e levantou com açúcar. O brasileiro escorou de primeira e correu para comemorar a segunda vitória do Milan na Liga dos Campeões. Também nesta quarta, na Suíça, o Olympique de Marselha ganhou sobrevida no grupo ao derrotar o FC Zurich por 1 a 0. O argentino Heinze foi herói da equipe francesa.



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