Nelsinho diz não aceitar ameças de chefe da Renault

A versão é contestada pela alta cúpula da Renault, que entrou na Justiça contra o piloto e seu pai

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O piloto Nelsinho Piquet se expressou publicamente pela primeira vez nesta sexta-feira sobre a suposta armação de resultado que teve ele como protagonista no GP de Cingapura de F-1 do ano passado. O brasileiro publicou uma nota em seu site oficial afirmando que está dizendo a verdade sobre o escândalo e que não vai se intimidar diante do poder de Flávio Briatore, chefe da equipe Renault.

Em depoimento à FIA (Federação Internacional de Automobilismo), o filho do tricampeão mundial de F-1 Nelson Piquet disse que provocou um acidente para ajudar seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, a pedido de Briatore e do engenheiro chefe do time francês, Pat Symonds.

A versão é contestada pela alta cúpula da Renault, que entrou na Justiça contra o piloto e seu pai. A escuderia francesa acusa os integrantes da família Piquet de falsas denúncias e tentativa de chantagem.

"Estou dizendo a verdade e por isso não tenho nada a temer, seja em relação a Equipe ING Renault ou ao Sr. Briatore. Embora esteja ciente do poder e da influência daqueles que estão sendo investigados e dos vastos recursos que possuem à sua disposição, não serei novamente intimidado a tomar uma decisão da qual venha a me arrepender", diz o comunicado emitido pelo piloto.

Na nota oficial, Nelsinho confirma que foi ele quem relatou o caso à FIA. Segundo o presidente da entidade, Max Mosley, o piloto brasileiro será poupado no julgamento do escândalo se tiver dito a verdade devido à sua posição nas investigações.

"Se o que ele nos disse é verdade, então não teremos nada contra ele. É o mesmo procedimento que adotamos com Alonso no caso de espionagem da McLaren com a Ferrari em 2007", explicou Mosley.

A entidade que controla o automobilismo já convocou uma reunião extraordinária do Conselho Mundial, no próximo dia 21, para julgar o caso, que pode se transformar num dos maiores escândalos da história da F-1 e que culimnar na saída da Renault.

O time francês alega que foi chantageado por Nelson Piquet. Segundo Briatore, o tricampeão de F-1 estava defendendo a vaga do seu filho, que acabou sendo demitido do time francês depois do GP da Hungria deste ano, em julho.

"Estou indignado que você possa pensar que eu, sem mencionar seu filho e os outros integrantes da equipe Renault, possa ter sido parte de uma estratégia que poderia constituir um crime. Sou forçado a considerar que essa ameaça é, sem dúvida, uma tentativa de chantagem contra a Renault e a mim para conseguir uma vantagem ilegítima por meio de ameaças e mentiras ultrajantes", diz trecho de uma suposta carta enviada por Briatore ao pai de Nelsinho em julho e publicada pelo o site da revista inglesa "Autosport".

Nesta sexta, Briatore deu uma nova justificativa para a postura de Nelsinho no caso. Segundo ele, o piloto está se vingando da interferência do dirigente em um relacionamento do brasileiro com um amigo com o qual morava em Oxford (Inglaterra).

"Fui acusado por ter rompido um relacionamento dele [Nelsinho] com um amigo. Isso não aceito. Nelsinho vivia com esse senhor. Não sei qual a relação que eles tinham", falou o dirigente, em entrevista à rádio Joven Pan.

Na nota emitida hoje, Nelsinho afirma que só voltará a se pronunciar sobre o caso após a audiência do dia 21.



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