Neymar pode custar ao Barça bem menos do que Sonny Anderson

Os já anunciados últimos capítulos da novela da saída de Neymar para o exterior vão aos poucos revelando detalhes antes só especulados. O desfecho, ao que parece, terá final feliz para o Barcelona. Até Messi já abriu as portas para o brasileiro. Além da chance de ter o jovem craque em seu elenco, o presidente do clube catalão, Sandro Rosell, deve conseguir uma barganha e tanto, e o Santos, para não ver seu astro sair quase de graça, já aceita liberá-lo por 17,5 milhões de euros (R$ 46 milhões).

- Trata-se de um jogador com soluções individuais distintas. É claro que para o Barça seria uma contratação maravilhosa - disse Messi, quatro vezes melhor do mundo.

O próprio Barça já fez negócios piores. Em 1997, por exemplo, pagou o hoje equivalente a 18 milhões de euros (R$ 47,5 milhões) para tirar o brasileiro Sonny Anderson do Monaco. Em 2009, desembolsou 69,5 milhões de euros (R$183,25 milhões) para ter o atacante Ibrahimovic no elenco. Na temporada seguinte, iria fazer de tudo para se ver livre do sueco.

Segundo o portal ?transfermarkt?, especializado no mercado de jogadores, a venda de Neymar, caso ele saia mesmo por 17,5 milhões de euros, será a 37ª mais cara de um brasileiro até hoje (veja mais abaixo a lista dos dez primeiros). Pouco para quem tem a multa rescisória avaliada em 65 milhões de euros. Até a imprensa espanhola falava em um negócio de 40 milhões de euros.

A queda do valor tem explicação. Se o Peixe quiser contar com ele até a Copa, como desejava inicialmente, corre o risco de vê-lo ir embora sem lucrar nada, já que o contrato de Neymar vai até 2014. Segundo o consultor de marketing Amir Somoggi, a antiga diretoria, presidida por Marcelo Teixeira, é a responsável pela situação.

- Acho que a gestão anterior é a culpada pois perdeu metade do valor dele para uma empresa. A direção atual pegou essa situação. Quem em sã consciência faz isso? Agora criou esse dilema: correr atrás do dinheiro ou esperar mais uma temporada - afirmou Amir , referindo-se à divisão dos direitos do astro, entre Santos (55%), DIS (45%) e Teisa (5%).