Rio de Janeiro bate time do Sesi e leva a Superliga do vôlei feminino

Empurrado por uma torcida empolgada, o time de Bernardinho e Fofão - eleita a melhor em quadra -, fez o que sempre soube fazer.

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Maior pontuadora da final, Gabi ataca diante do bloqueio duplo do Sesi-SP | Marcio Rodrigues / MPIX
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A campanha na primeira fase não foi das melhores. Alguns tropeços chegaram a assustar em certos momentos. Depois de nove temporadas, o Rio de Janeiro nunca esteve tão ameaçado de ficar fora da final da Superliga feminina. Pelo caminho, na grande decisão, ainda precisou encarar uma equipe jovem, com sede de conquistar seu primeiro título e quebrar a hegemonia no esporte. Todos os ?poréns? ficaram de lado quando o duelo começou, neste domingo, no ginásio lotado do Maracanãzinho, no Rio.

Empurrado por uma torcida empolgada, o time de Bernardinho e Fofão - eleita a melhor em quadra -, fez o que sempre soube fazer. Com ataque avassalador - Gabi foi a maior pontuadora com 14 -, e um paredão eficiente, venceu o Sesi-SP por 3 sets a 1 - parciais de 21/11, 21/12, 13/21 e 21/16 - e chegou ao seu nono título na competição. O Osasco, após chegar invicto até as semifinais, terminou na terceira colocação.

- É aquela história. Você passa o ano todo sendo criticado, que o time é fraco, é isso, é aquilo. O time luta e mostra uma capacidade de reação incrível. Houve momentos de nervosismo, descontrolaram os ânimos. Controlar os nervos era a coisa mais importante. Começamos jogando taticamente perfeitos. No terceiro set, elas se soltaram, na hora de fechar, travamos. Algumas jogadores nunca viveram isso. A Mihajlovic viveu pela primeira essa atmosfera, essa pressão. Incrível ver a reação da própria torcida, que sempre nos acompanha. Mas é uma emoção especial esse ano - comentou Bernardinho após a partida.

O primeiro ponto saiu das mãos da canadense Sarah Pavan, abrindo o placar para o Rio de Janeiro. A equipe da casa começou o jogo marcando bem os ataques adversários e acertou dois bloqueios seguidos. Marcada, a oposta Ivna não conseguiu se encontrar em quadra no início da partida, facilitando ainda mais o trabalho das rivais. Em um belo ataque de Gabi, o Rio abriu 6 a 1. Fabiana tentava frear as adversárias, mas pouco conseguia. Atacando pela diagonal, Ivna fez seu primeiro ponto do jogo: 18 a 10. Mas do outro lado, o Rio ainda tinha a ponteira Brankica Mihajlovic, que cresceu no jogo: 20 a 10. A vitória parcial veio com erro de ataque de Mari: 21 a 11.

O segundo set começou como o primeiro. Embalado, o Rio fez logo um ponto de bloqueio e, em seguida abriu em 4 a 0 no placar, com destaque para Mihajlovic e Carol. Do outro lado, Ivna seguiu cometendo muitos erros, prejudicando o sistema ofensivo do Sesi-SP. Além do paredão na rede, a central Carol também se saiu bem nos saques, dificultando a recepção adversária. Outra central do time carioca, Juciely também ajudou o Rio abrir com boas pancadas na diagonal. O treinador Talmo de Oliveira decidiu tirar Ivna de quadra para testar Pri Daroit. A ponteira entrou bem no jogo, forte no saque, e ajudou a diminuir a diferença no placar: 12 a 10. Mas não demorou muito para o time paulista voltar a cometer muitos erros, principalmente na recepção, melhor fundamento da equipe durante todo o campeonato. Gabi também aproveitou bem as bolas perfeitas da levantadora Fofão. No fim do set, Bernardinho acionou a ponteira Amanda, que se saiu bem nos saques. Com um ace dela e um erro de recepção de Suelle, o Rio fechou em 21 a 12.

BREVE REAÇÃO

No terceiro set, a história mudou. A experiente central Fabiana atacou bem e garantiu o primeiro ponto para o Sesi-SP. O time paulista acordou no intervalo e voltou para quadra com outra cara. O passeio, desta vez, foi da equipe de camisa vermelha. Perdido em quadra, o Rio de Janeiro cometeu muitos erros. Bernardinho decidiu tirar Mihajlovic e colocar Régis. Nada mudou. A parceria entre Dani Lins e Fabiana passou a funcionar bem, e a ponteira Suelle também cresceu no jogo, abrindo uma confortável vantagem no placar: 14 a 3. A equipe da casa ameaçou uma reação. As reservas Régis e Bruna renovaram o fôlego do grupo e trouxeram o Rio de volta para o jogo: 18 a 11. Mas a diferença ainda era muito grande. O Sesi-SP só precisou administrar a vantagem até fechar em 21 a 13, com um ataque de Dayse.

NOVE VEZES RIO

Gabi começou o quarto set puxando a reação do Rio de Janeiro, após o atropelamento sofrido na parcial anterior. Sarah Pavan também se encontrou em quadra. Com uma largadinha e um bloqueio na sequência, ajudou seu time a abrir em 4 a 1. Do outro lado, o Sesi-SP voltou a cometer muitos erros, dificutando a armação das jogadas. As falhas na recepção, porém, também atrapalharam o Rio no meio do set, e as rivais se aproximaram. Em um dos melhores ralis do jogo, com belas defesas dos dois lados, a central Bia colocou a bola no chão pelo time paulista: 11 a 8. Entre as donas da casa, Juciely apareceu bem no bloqueio, marcando a amiga de seleção Fabiana: 16 a 11. Forte nos ataques, Pri Detroit ainda tentou manter sua equipe viva. Tarde demais. Com um belo ataque de Carol, o atual campeão fechou o set em 21 a 16 e garantiu o domínio no vôlei feminino do país.

AS EQUIPES

Rio de Janeiro: Fofão, Sarah Pavan, Mihajlovic, Gabi, Juciely e Carol. Líbero - Fabi

Entraram: Bruna, Roberta, Amanda e Régis

Técnico - Bernardinho

Sesi-SP: Dani Lins, Ivna, Dayse, Suelle, Fabiana e Bia. Líbero - Suelen

Entraram: Carol Albuquerque, Mariana e Pri Daroit

Técnico - Talmo de Oliveira



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