Novo técnico do Palmeiras acha que cor verde traz ‘uma má sorte’

Oficializado como pelo clube paulista para a temporada 2014, Gareca desembarcou nesta terça-feira em São Paulo

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Ricardo Gareca é anunciado como o novo técnico do Palmeiras | Fabio Menotti/Ag Palmeiras/Divulgacao
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Certa vez, ele parou o treino do time que comandava para mandar um festival ao lado interromper as músicas do cantor americano Marc Anthony. Se irritou também com homenagem feita pelo seu clube de coração, rechaçando foto antiga colocada no vestiário. Ainda ficou possesso com comemorações religiosas de um atacante, mas passou a aprovar após ver que "dava sorte". E não morre de amores pela cor verde, pois supostamente "dá azar". Pois este peculiar sujeito é o técnico Ricardo Gareca, anunciado como novo técnico de um grande clube brasileiro: justamente o Palmeiras, alviverde.

Oficializado como pelo clube paulista para a temporada 2014, Gareca desembarcou nesta terça-feira em São Paulo e até já conheceu as instalações da Academia de Futebol. Mas quem é o supersticioso argentino que chega para substituir Gilson Kleina e comandar o time alviverde justamente no ano de seu centenário?

Com passagens como comandante pelos argentinos San Martín, Talleres, Independiente, Colón, Quilmes, Argentinos Juniors e Vélez Sársfield - onde também é ídolo como jogador -, além dos colombianos América de Cali e Independiente Santa Fé e do peruano Universitario, Gareca chega com a difícil missão de treinar o conturbado Palmeiras. E, para começar com o pé direito, terá que abandonar a superstição com a cor verde, mas ela não é a única. Confira, a seguir.

Veja algumas das "manias" e passagens de Gareca ao longo da carreira

Superstição anti-verde - O verde, que representa o Palmeiras mais do que qualquer outro símbolo, nunca foi muito querido por Gareca. De acordo com o Diário Olé, o treinador argentino não pode ver a cor por perto "nem no próprio bolso", já que crê em "má sorte". Segundo o jornal, a coloração atrai "ondas ruins" para o técnico, que proibia no Vélez até chuteiras esverdeadas. Já em matéria da Teledoce, Gareca teria até descartado a presença do verde no ônibus do clube e também no hotel em que a equipe ficaria concentrada antes das decisões;

Ódio por Marc Anthony - Quando treinava o Universitario-PER Gareca ficou marcado pelo ódio pelo cantor Marc Anthony, com descendência caribenha. O fato ocorreu no início de 2008. A equipe treinava em um CT afastado até que um festival esportivo com salsa coincidiu com a atividade no local ao lado. Em certo momento, Ricardo interrompeu o treinamento, correu para os responsáveis e gritou, furioso: "não ligo para treinar com música. Só peço que tire essa do Marc Anthony. Nada desse "porto-riquenho". Se colocarem outras canções, podem vir todos os dias";

Título veio sem cantor - Questionado pelos atletas do Universitario pelos motivos da bronca, Gareca não titubeou: "quando eu estava trabalhando na Colômbia (no América de Cali e no Santa Fé), todas as vezes que colocavam uma música do Marc Anthony no estádio nós éramos derrotados", disse o treinador. Depois desse dia, o argentino proibiu, tanto no ônibus quanto nos vestiários, qualquer canção do músico entre o elenco do Universitario. Curiosamente, a direção e toda a comissão técnica do time peruano creditam o título nacional de 2008 a essa "curiosa decisão" de Gareca;

Gol da Bíblia - Ainda no Universitario-PER, Gareca percebeu que "a comemoração de Deus" feita pelo meio-campista colombiano Héctor Hurtado supostamente trazia sorte à sua equipe. Após notar que o clube peruano vencia todas as vezes em que o atleta conseguia tocar na Bíblia após fazer um gol, o treinador - que antes se irritava com o fato - adotou uma nova supestição. "Ele sempre perguntava se nós tínhamos trazido a Bíblia. E, quando dizíamos que sim, ele respondia "então, hoje vamos ganhar ", apontou Hurtado, famoso por ser religioso;

Irritado com homenagem - Em determinada ocasião, enquanto ainda estava no Vélez Sársfield, o comandante argentino se irritou profundamente e mandou tirar do vestiário uma foto sua dos tempos de jogador. O motivo? Não se considerava "à altura" de uma homenagem como aquela. o ex-atacante foi ídolo e capitão do Vélez entre 1989 e 1992, quando marcou 24 gols em 117 partidas, mas sem vencer títulos, fato que o incomoda até hoje. Curiosamente, a agremiação argentina viveu seus melhores anos após a saída de Gareca;

Lágrimas com carta - Em 2013, o comandante recebeu carta escrita em punhos por Pablito Além Lopéz, um menino de 12 anos com fibrose cística, doença que pode levar à morte. A criança era torcedora fanática do Vélez e pedia a permanência do treinador no clube, após boatos de sua saída. Em um trecho, que fez Gareca chorar, disse: "eu luto pela vida, você luta pelo nosso Vélez". Após ler o documento e ir às lágrimas durante um treinamento, o técnico não pensou duas vezes e compareceu pessoalmente ao aniversário do garoto;

Injustiça na seleção - Ricardo Gareca, quando ainda era jogador, foi atacante e autor do antológico gol do empate da Argentina por 2 a 2 contra o Peru, aos 35min do segundo tempo de jogo realizado em 30 de junho de 1985, no Monumental de Nuñes, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O empate levou a Argentina à Copa do Mundo do ano seguinte, do bicampeonato. Gareca, contudo, não foi convocado, em fato visto como "injustiça" pela imprensa local. Para o então centroavante, entretanto, "merecido, pois não vinha em boa fase". Gareca marcou 116 gols em 334 partidas entre clubes pelo futebol argentino.



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