O dia em que Pelé foi prisioneiro de nazistas e falou como Joel Santana

Rei do Futebol atuou em filme ao lado de Silvester Stallone e Michael Caine

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A escalação do time dos aliados, com Pelé agachado | Reprodução R7
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Praticamente todo mundo sabe que Pelé, além de jogador de futebol, é brasileiro. O que pouca gente se lembra é que o atleta mais conhecido do planeta já foi um prisioneiro de guerra em um campo de concentração nazista. E nascido em Trinidad e Tobago.

Confuso? Não, se você assistiu ao filme Fuga Para a Vitória, de 1981. Nele, Edson Arantes do Nascimento, que completa 70 anos neste sábado, dia 23 de outubro, é Luis Fernandes, um trinitário capturado durante a Segunda Guerra Mundial, encarcerado ao lado de soldados aliados na Alemanha.

O personagem de Pelé tem companheiros ilustres no campo de prisioneiros. O filme conta com a participação de Sylvester Stallone, que faz o papel do americano Hatch, de Michael Caine, que interpreta o britânico Colby, e até de Bobby Moore, capitão da Inglaterra campeã de 1966, na pele do soldado Terry Brady.

A mistura de atores por si só já chama a atenção. A trama do filme, dirigido pelo cineasta John Huston, é ainda mais incrível. A história relata o drama de prisioneiros forçados a disputar uma partida de futebol contra a seleção da Alemanha, como forma de propaganda nazista, no Estádio Colombes, em Paris.

Colby (Caine), um ex-integrante da seleção inglesa, é forçado a treinar os prisioneiros e a montar um time. Entre eles, está Pelé, que ajuda Hatch (Stallone) a descobrir a sua verdadeira vocação dentro de campo: o gol. As cenas em que o brasileiro aparece são impagáveis.

Em uma delas, Pelé é questionado por Caine a respeito de como aprendeu a fazer embaixadas tão bem. Com um inglês torto que lembra Joel Santana, o Rei do Futebol dá a sua resposta rindo.

- Quando eu era garoto, em Trinidad, nas ruas, com as laranjas.

Evidentemente, os prisioneiros são obrigados a perder para os alemães, mas resolvem arriscar suas vidas e jogam para vencer. Com Stallone no gol e Pelé na linha, o time aliado desiste de fugir no intervalo e volta para o segundo tempo para derrotar o elenco nazista. Após a vitória, são carregados para a liberdade pelo povo francês.

Pelé ajudou na criação da coreografia usada na partida do final do filme e transformou Stallone em um fã do futebol. O ator passou a torcer pelo Everton, tradicional clube inglês.

Por incrível que pareça, o roteiro de Fuga Para a Vitória é baseado em uma história real. Um grupo de prisioneiros aliados foi mesmo desafiado para uma partida de futebol contra militares alemães. Se entregassem o jogo, seriam libertados, prometeram os nazistas. Os aliados venceram o duelo, mas tiveram um final bem mais triste: foram executados.

Fuga Para a Vitória foi o único filme internacional importante que Pelé participou. No Brasil, sua fama o levou a participar de diversas obras, como Os Trombadinhas (1979), Pedro Mico (1985) e Os Trapalhões e o Rei do Futebol (1986). Ele participou também da novela Os Estranhos (1969), na qual intermediou o contato de alienígenas do planeta Gama Y-12.

Veja algumas cenas do filme:



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