Palmeiras empata com o São Caetano e garante a volta à 1ª divisão do Brasileiro

A tranquilidade vivida pelos palmeirenses em todo o torneio desapareceu neste sábado

André Luiz disputa lance com Rafael Santos. Goleiro salvou Azulão | Globo Esporte
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Era questão de tempo, praticamente uma contagem regressiva para os palmeirenses acabarem com a angústia de ver o time na Série B. Sem adversários à altura, o Verdão passeou pela Segundona com uma campanha sólida e de raros sustos. Tão tão fácil que, há seis rodadas do fim, o time precisava de um simples empate para voltar à elite. E foi assim. Em um jogo com arbitragem polêmica e grande atuação de um goleiro formado no arquirrival Corinthians, o Palmeiras empatou sem gols com o São Caetano, no Pacaembu, e se garantiu na elite em 2014.

A tranquilidade vivida pelos palmeirenses em todo o torneio desapareceu neste sábado. O Verdão se mostrou ansioso para resolver a partida e foi ao desespero com o árbitro no fim do primeiro tempo. Wilson Luiz Seneme marcou pênalti após dividida entre Alan Kardec e Rafael Santos na área. No entanto, mudou de ideia ao chegar à linha de fundo e ouvir do assistente Carlos Augusto Nogueira Júnior que o goleiro acertou a bola.

O goleiro do Azulão, aliás, foi o grande responsável pela comemoração do Palmeiras não acontecer com uma vitória. O jogador, formado nas categorias de base do Corinthians, fez grandes defesas, sobretudo no segundo tempo, e ajudou o São Caetano e continuar vivo em sua luta para fugir do rebaixamento.

Com as arquibancadas lotadas, a festa do acesso começou muito antes da partida. Ídolos do passado, como Ademir da Guia, Evair, Edmundo e Marcos, entregaram a camisa amarela para os jogadores atuais. O terceiro uniforme, lançado e usado pela equipe neste sábado, é uma homenagem ao time do Palmeiras que representou a seleção brasileira em um amistoso contra o Uruguai, em 1965.

O alvo agora é a conquista de um bicampeonato que a torcida jamais sonhou em ter. Ele também está próximo de acontecer. O Verdão tem 71 pontos, 12 de vantagem para o Chapecoense, segundo colocado. Na próxima rodada, o time paulista enfrenta o Paraná, sábado que vem, às 16h20m, no estádio Durival de Britto, em Curitiba.

O São Paulo ainda tem chances remotas de escapar do rebaixamento para a Série C. O Azulão soma 31 pontos e vai precisar de uma sequência de vitórias para escapar. No próximo sábado, pega o Sport, às 17h20m, no Recife.

O desejo de resolver rapidamente a partida e dar início à comemoração atrapalhou o Palmeiras no primeiro tempo. Era como se os 90 minutos de jogo passassem assim que o time marcasse o primeiro gol. Não marcou, e o nervosismo aumentou a cada chance desperdiçada, a cada bola mal dominada na área. Quando o alívio parecia certo, foi a vez da arbitragem tumultuar o jogo.

Wesley e Valdivia, os dois mais talentosos da equipe, chamaram a responsabilidade de furar o bloqueio rival. Com boa movimentação e passes precisos, levaram o Verdão ao ataque. Vinícius, logo aos seis minutos, criou a primeira grande oportunidade. Rafael Santos, goleiro formado na base do Corinthians e destaque do Azulão na partida, espalmou.

Do outro lado do campo, a defesa palmeirense não economizou nos sustos. Principalmente com André Luiz, pelo lado direito. Primeiro, o veterano defensor quase fez contra com um desvio que Fernando Prass tirou com a perna direita. Depois, foi facilmente driblado por Cassiano Bodini na área. O goleiro salvou novamente.

O Palmeiras não demorou a recuperar o controle do jogo. Após confusão na área, Henrique perdeu grande chance ao driblar um marcador na área e chutar por cima. Em seguida, começaram os problemas com a arbitragem. Vinícius se jogou ao disputar um lance com um rival. Valdivia ficou com a bola sem marcação, mas esperou o árbitro Wilson Seneme dar o pênalti e acabou sendo desarmado.

Aos 39, o lance mais polêmico. Alan Kardec recebeu passe do Mago na área, tentou driblar Rafael Santos e caiu. Seneme marcou pênalti, mas, ao se aproximar da linha de fundo, ouviu do assistente Carlos Augusto Nogueira Júnior que o goleiro havia tocado na bola. Imediatamente, o pênalti foi cancelado, revoltando os palmeirenses.

Ex-corintiano segura o Verdão

O Palmeiras voltou do intervalo ainda mais ofensivo. A movimentação na frente abriu a defesa do São Caetano e permitiu que o Verdão sufocasse. Rafael Santos, porém, estava disposto a estragar a festa. Ele espalmou um chute forte de Ananias e, em seguida, mesmo se atrapalhando, jogou para fora um desvio de Alan Kardec na pequena área. Pouco depois, foi a vez de André Luiz parar em nova defesa do goleiro.

Gilson Kleina apostou em mais velocidade para manter o Palmeiras em cima com a entrada de Serginho no lugar de Vinícius. A troca manteve o Verdão no controle da partida, mas a defesa se abriu e passou a levar sustos. Éder e Giovane, em chutes perigosos, obrigaram Fernando Prass a fazer ótimas defesas e evitar a desvantagem.

Kleina ainda tentou novamente ao colocar Ronny em substituição a Ananias, mas, com o passar do tempo, o Palmeiras se mostrava bastante satisfeito com a igualdade. O time continuou atacando, tentando encontrar espaços na defesa adversária, porém, diminuiu consideravelmente o ritmo ofensivo. Nas arquibancadas, a torcida se mostrava angustiada, à espera de um gol para sacramentar a vaga.

No fim da partida, o Verdão ainda arriscou. Serginho soltou a bomba de fora da área. De novo, Rafael Santos defendeu e impediu a explosão dos torcedores no Pacaembu. Nada que durasse por muito tempo. Minutos depois, o apito final trouxe o alívio esperado pelos mais de 30 mil presentes e uma tímida comemoração. Trouxe o Palmeiras de volta para casa.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES