Palmeiras segura Coritiba, encerra jejum e é bicampeão da Copa do Brasil

A ressurreição de um Palmeiras imponente aconteceu graças a um herói improvável: Betinho

Avalie a matéria:
Palmeiras é bicampeão da Copa do Brasil | Terra
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O que era fila virou passado. O que era crise eterna virou comemoração para sempre. Aquele que era criticado e menosprezado se tornou campeão da Copa do Brasil de 2012. O Palmeiras superou todas dificuldades que apareceram no caminho e, após o empate por 1 a 1 com o Coritiba nesta quarta-feira, voltou a ser campeão nacional, já que tinha vencido a primeira final por 2 a 0. O gigante despertou, está comemorando e não tem hora para dormir. A festa palmeirense está decretada, para alívio de quem sofreu por 13 anos sem um título de expressão.

A ressurreição de um Palmeiras imponente aconteceu graças a um herói improvável: Betinho, o desconhecido substituto de Barcos, marcou o gol do empate nesta quarta. Dessa forma, o time fde Felipão manteve sua invencibilidade na competição nacional e se classificou para a próxima edição da Copa Libertadores. Com uma defesa pela qual poucos passaram e atacantes realmente raçudos, o Palmeiras mostrou que de fato é campeão.

Assim como na primeira final, o Coritiba adiantou a marcação e tentou pressionar o Palmeiras no começo de jogo. Tentou justificar o "inferno" criado pela torcida paranaense. Mas o time de Felipão apostou em chutões, acertou contra-ataques, cresceu na partida e criou chances. Porém, visivelmente nervosos e ainda atrapalhados pelo gramado encharcado, os dois times erraram lances simples e mantiveram o 0 a 0 até o final do primeiro tempo.

O segundo tempo começou com uma pressão absurda do Coritiba, que fez o Palmeiras provar do próprio veneno: Ayrton cobrou falta com perfeição e abriu o placar. Porém, logo depois, Betinho aproveitou cruzamento de Marcos Assunção, desviou para o gol e fez o Palmeiras sair do inferno para o paraíso em apenas quatro minutos. O Coritiba passou a precisar de três gols, mas pouco assustou o goleiro Bruno e ainda viu o Palmeiras fazer a festa em sua casa.

Inferno inicial

O Coritiba entrou em campo sob a prometida festa tecnológica da torcida, o "Green Hell". E o começo de jogo foi realmente um inferno, mas para o Palmeiras: a posse de bola ficou muito mais tempo com o time mandante, que adiantou a marcação, assim como tinha feito na primeira partida da final. Essa estratégia mais uma vez atrapalhou a já deficiente saída de bola palmeirense.

No entanto, com o campo encharcado, o futebol do Coritiba foi atrapalhado e não foram criadas chances de gol. E a melhor oportunidade veio do outro lado, aos 12min, no primeiro ataque bem pensando do Palmeiras. Na ponta esquerda, Mazinho rolou para Juninho, que chutou por cima do gol, assustando o goleiro Vanderlei. E dessa forma, com raros ataques e muitos chutões, o Palmeiras superou os primeiros 15min de pressão.

Aos 19min, uma nova chance palmeirense foi criada, e dessa vez no melhor estilo do time: após cobrança de falta de Marcos Assunção, Betinho ficou sozinho na área, mas chutou para fora. A resposta do Coritiba demorou para acontecer, mas foi melhor ainda: após vacilo de Thiago Heleno, Everton Costa rolou para Everton Ribeiro, que chutou de três dedos e viu a bola passar raspando a trave.

Com a postura assumida de priorizar a defesa, o Palmeiras contra-atacou sempre com poucos jogadores e por isso não levou mais. Pelo menos o Coritiba foi bem anulado, por estar sempre em desvantagem numérica no ataque. Mesmo com a substituição forçada do lesionado Thiago Heleno por Leandro Amaro, o Palmeiras segurou o empate até o fim do primeiro tempo e superou o inferno incial proposto pelo Coritiba.

Retranca infernal e gols

O começo do segundo tempo seguiu no mesmo tom do primeiro: o Coritiba dominou a posse de bola, mas sofreu para criar chances de gol e superar a retranca palmeirense. Sem conseguir atacar, Felipão resolveu trocar Luan por Daniel Carvalho, que teve má atuação substituindo o suspenso Valdivia. Em resposta, Marcelo Oliveira colocou o meia Lincoln no lugar do volante Sergio Manoel.

Não demorou para o tempo mostrar que o Coritiba teve a substituição mais acertada: Lincoln sofreu falta na esquerda, e o lateral Ayrton, que tinha entrado no intervalo, cobrou com perfeição. Bruno até pulou e se esticou, mas a bola foi para o fundo do gol. Porém, apenas quatro minutos depois, Marcos Assunção cobrou falta desviada de leve por Betinho, que deixou tudo igual novamente.

Precisando de três gols, o Coritiba ainda viu Marcos Assunção acertar uma cobrança de falta na trave, aos 28min. Uma grande chance só foi criada pelo time paranaense aos 32min, mas Bruno defendeu o perigoso chute de Anderson Aquino, outro que saiu do banco de reservas durante o segundo tempo. A posse de bola ficou quase sempre com os donos da casa, mas Pereira ainda foi expulso e o título da Copa do Brasil ficou mesmo com o Palmeiras.

Ficha técnica

CORITIBA 1 x 1 PALMEIRAS

Gols

CORITIBA:

Ayrton, aos 16min do 2º tempo

PALMEIRAS:

Betinho, aos 20min do 2º tempo

CORITIBA: Vanderlei; Jonas (Ayrton), Emerson, Demerson e Lucas Mendes; Willian e Sérgio Manoel (Lincoln); Rafinha, Éverton Ribeiro e Éverton Costa; Roberto (Anderson Aquino)

Treinador: Marcelo Oliveira

PALMEIRAS: Bruno; Artur, Mauricio Ramos, Thiago Heleno (Leandro Amaro) e Juninho; Henrique, Marcos Assunção, João Vitor (Marcio Araújo) e Daniel Carvalho (Luan); Mazinho e Betinho

Treinador: Luiz Felipe Scolari

Cartões amarelos

CORITIBA: Lincoln e Rafinha

PALMEIRAS: Artur, Henrique, Juninho e Marcos Assunção

Cartão vermelho

CORITIBA: Pereira

Árbitro

Sandro Meira Ricci

Local

Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR)



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES