Paternidade muda a vida de Carlos Alberto

Apoiador comenta situação que viveu na Alemanha e diz que paternidade mudou a sua vida

Carlos Alberto tasca um beijo no filho | GE
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Carlos Alberto espera à beira da piscina de sua casa na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Sob a água cristalina, ao fundo, as iniciais do nome do apoiador e o número 19, seu fiel companheiro desde 2004. Essa cena é comum na vida do capitão do Vasco. Ficar em casa com a esposa Carol para curtir o filho Lucca, que vai completar um ano em setembro. A paternidade, ele admite, o mudou. Receios? Não tinha. Agora, revela que não é mais o mesmo.

- Sempre fui corajoso para um monte de coisas. Hoje sou um cagão do caramba ? brincou.

- A paternidade foi o pulo do gato, foi a verdadeira transformação da minha vida. Antes eu parava para pensar na vida. Hoje penso dez vezes mais. Tem dia que eu olho o molequinho engatinhando e penso: ?não posso vacilar?. É uma responsabilidade do caramba, mas é uma coisa muito gostosa. O maior presente que o ser humano pode ter é ser pai ou mãe ? contou.

Sem medo de contar o que passou a temer, Carlos Alberto revela histórias curiosas. Uma delas aconteceu logo na saída da maternidade, dias após nascimento de Lucca.

- Dirijo com mais cautela. Nunca fui de correr, mas quando eu vejo uma família na rua, eu ando mais devagar. Quando o meu filho saiu da maternidade, saí a 30km por hora, com o pisca-pisca ligado. Estava muito nervoso. Vai que um doido bate no meu carro, eu com o meu filho prematuro. Vejo muito essa molecadinha no sinal e me preocupo. Nunca tive medo disso, mas imagina se for a minha mulher e o meu filho? - indagou o jogador.

A conversa sobre a sua vida seguiu no salão de jogos. Carlos Alberto chegou a brincar com a combinação de distrações de um dos locais prediletos de sua casa.

- Tirando o futebol, não tem combinação melhor: baralho, sinuca e videogame. Não perco para ninguém. Você é bom? Para jogar aqui precisa ser bom. Eu sou o melhor. Isso aí (videogame) eu jogo, futebol eu engano - disse o jogador, desafiando para uma partida de Pro Evolution Soccer 2010, no Playstation 3.

Cogitei a hipótese de parar de jogar com 22 anos"

Carlos Alberto

E foi justamente após falar da família e de suas paixões fora das quatro linhas que Carlos Alberto revelou uma situação que viveu nos tempos em que defendeu o Werder Bremen, da Alemanha, em 2007. Aos 22 anos, ele passou por maus bocados. O jogador passou a enfrentar problemas físicos e os médicos não conseguiam encontrar uma explicação. Carlos Alberto pensou até parar de jogar.

- Eu tomei bastante porrada sem saber o que estava acontecendo. Quando eu falo isso, chamo a responsabilidade para mim. Seria fácil colocar na conta do Werder Bremen, que me deu toda a estrutura, o fato de eu não conseguir triunfar. Eu cheguei na Alemanha e desencadeou um problema na minha tireóide, que hoje está resolvido. Queria fazer uma coisa na minha cabeça, mas as minhas pernas não respondiam. Foi o momento mais triste. Falei para o pessoal do clube que eu não sabia o que estava acontecendo, que não precisavam me pagar o salário daquele mês. Eu não conseguia correr. Não tinha fome, não comia, e engordava. Comecei a ficar preocupado. A minha mãe escuta isso hoje e dá risada, mas ela chorou muito comigo naquela época. Falei para ela que se eu não conseguisse correr como antes eu teria que parar de jogar futebol. Cogitei a hipótese de parar de jogar com 22 anos - revelou.



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