Ex rebate Giba e acusa o jogador de invadir casa para tirar joias e dólares

Ex-mulher do campeão olímpico dá sua versão sobre o divórcio, diz que ele não questionou guarda dos filhos e sonha voltar a trabalhar com esportes

Ex rebate Giba e acusa jogador de invadir casa para tirar joias | Reprodução
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Os sorrisos que por nove anos sobraram nas fotos de família se transformaram em expressões fechadas. Separados desde novembro de 2012, Giba e Cristina Pirv travam uma briga na Justiça brasileira e trocam acusações públicas. Divergem sobre valores de pensão ? o jogador teve prisão requerida por falta de pagamento -, a partilha dos bens e até a posse das medalhas olímpicas do ponteiro. Diante da exposição do caso, que a romena diz ter sido iniciada pelo ex-marido, ela decidiu contar a sua versão dos fatos. E afirmou que Giba invadiu sua casa - uma vez pessoalmente e outra enviando terceiros - para retirar objetos e dinheiro.

- Quando eu voltei da Argentina, por exemplo, muitos pertences, como mais de 100 garrafas de vinho, joias e dólares já tinham sido retirados da minha casa. Depois, em outra ocasião, o próprio Giba invadiu a casa quando eu não estava e retirou mais uma série de coisas como documentos, álbuns de fotos, malas, etc ? disse, por e-mail, afirmando que as duas "visitas" foram registradas no livro de controle de acesso do condomínio onde mora (em 20/12/2012 e 08/1/2013, respectivamente) e em boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil do Paraná.

Através de seu advogado, Nelson Klass, Giba disse que iria se posicionar para se posicionar. Procurado novamente, o jogador não se pronunciou. Pirv, por sua vez, enfatizou as concessões que fez pela família, abrindo mão da carreira de atleta para ser empresária do ponteiro a partir de 2006. Revelou inclusive valores que diz serem de seus bens e salários à época desta decisão. E afirmou estar triste com a forma como toda a situação está sendo conduzida. Enquanto cuida dos filhos Nicoll, de 9 anos, e Patrick, de 4, Pirv tenta reconstruir sua vida em Curitiba. Faz aulas de ioga e, desde o início deste ano, um curso de modelos. Mas sonha com o dia em que terá novamente uma profissão relacionada ao esporte. Confira a entrevista na íntegra.

No fim do casamento você alegou estar cansada das traições e excessos de baladas e álcool. Por quanto tempo suportou essa situação? Quando o casamento começou a te decepcionar?

Sempre fui muito dedicada à família. Minhas prioridades eram meus filhos e a carreira do meu marido até que comecei a perceber que as prioridades dele eram outras. Desde que voltamos ao Brasil, em 2009, as coisas mudaram bastante. Em 2011, a nossa relação já não era mais a mesma e me vi frente a frente com um relacionamento do qual não queria mais fazer parte. Chegamos a nos separar no início de 2012, Gilberto insistiu pra voltar, e acabei dando mais uma chance em função dos nossos filhos e família. Mas realmente não tinha mais como dar certo. Fiz mais do que pude para salvar meu casamento.

Por que vocês foram parar na Justiça?

Tentei um divórcio consensual no início, mas fui surpreendida com o pedido dele para o litigioso. O primeiro acordo sugerido pelos advogados do Gilberto não tinha nexo, prejudicando meus direitos e dos meus filhos, e esquecendo meu patrimônio existente antes de casar com ele. Comecei a jogar vôlei aos 8 anos e com 14 anos, já era profissional. Quando conheci o Gilberto, eu tinha 16 anos de carreira como atleta, um patrimônio de mais de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 3,2 milhões) e uma renda mensal média de 16,5 mil euros (cerca de R$ 53,3 mil). Na época, eu jogava no Assystel Novara, na Itália.

O Giba sempre foi tido como um ídolo do esporte nacional, o ícone de uma geração. Acha que as suas revelações durante a separação mancharam a imagem dele de alguma forma?

Quem começou a expor o processo judicial pós-divórcio foi ele. Em momento algum, imaginava que viriam a público alguns detalhes como, por exemplo, valores de pensão alimentícia e patrimônio. Sempre procurei ser o mais discreta possível com relação a estas intimidades, mas recentemente me vi frente a uma série de inverdades sendo publicadas na imprensa e, por isso, me vi obrigada a me defender.

Arrepende-se de ter atendido ao pedido dele para parar de trabalhar?

No fim de 2006, com três anos de casados, acabei deixando minha carreira como jogadora de vôlei para me dedicar à carreira do Giba e, desde então, atuei como empresária dele, participando inclusive das negociações com patrocinadores e outras contratações. Não considero que parei de trabalhar, apenas troquei minha profissão de atleta para ser empresária dele, afinal, seria muito difícil construir uma família enquanto eu estivesse jogando em algum lugar do mundo e ele em outro. Sou formada em Educação Física, sempre gostei da parte administrativa e do marketing esportivo, tanto que sempre fiz eu mesma os meus contratos, as negociações com os times nos quais joguei. Quando, então, meu marido pediu para eu trabalhar na carreira dele, acabei aceitando o desafio do qual não me arrependo.

Consegue imaginar o que estaria fazendo hoje se não tivesse atendido ao pedido dele?

Talvez, se eu não tivesse parado de jogar, eu estivesse jogando vôlei até hoje. Ou então trabalhando com marketing esportivo. O que me intriga é que durante todo o nosso casamento, ele fazia questão de contar a todos que o sucesso profissional dele era em razão da nossa parceria, mas, agora, ele simplesmente parece esquecer o passado no que diz respeito à pensão e à partilha de bens.

Giba alega que você está com as medalhas olímpicas dele. Por que as medalhas não foram devolvidas com os demais pertences?

As medalhas olímpicas do Giba estão sim na minha casa. Mas o próprio Giba teve oportunidades de pegá-las antes do pedido de separação de corpos. Quando eu voltei da Argentina, por exemplo, muitos pertences, como mais de 100 garrafas de vinho, joias e dólares já tinham sido retirados da minha casa. Depois, em outra ocasião, o próprio Giba invadiu a casa quando eu não estava e retirou mais uma série de coisas como documentos, álbuns de fotos, malas, etc.

Em maio, entreguei a maior parte dos prêmios e camisas dele, mas as medalhas olímpicas estavam guardadas em outro local e não encontrei na época - já que ele mesmo tinha guardado antes da gente se mudar para a Argentina. Quando, em junho, ele solicitou - através dos advogados dele - as medalhas olímpicas, elas foram prontamente disponibilizadas para serem retiradas, o que foi informado no processo no início de junho. Mas até agora o Giba não entrou em contato com a oficial de Justiça para buscá-las. Por sinal, as medalhas olímpicas de Giba não foram colocadas no processo. Tampouco seriam colocadas, já que não se trata de bens partilháveis.



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