Pivôs brasileiros se destacam em final do Super Desafio e Brasil derrota a Argentina

Campeão pelo San Antonio é o maior pontuador da equipe canarinho

Anderson Varejão prepara arremesso na vitória sobre a Argentina | Globo Esporte
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A Argentina pisou no Maracanãzinho ainda tentando juntar seus cacos. A semana havia sido de perdas. Lesões tiraram Manu Ginobili e Carlos Delfino do Mundial da Espanha. Para completar, Luis Scola, com problemas contratuais, não veio ao Rio para o Super Desafio. Mas havia uma rivalidade em jogo, e o Brasil sabia que ela seria levada a sério. A mão não esteve precisa no ataque, o que por muitas vezes fez a torcida ficar com expressão de preocupação, mas no último quarto a seleção brasileira teve mais controle e venceu por 68 a 59 para ficar com o título do torneio amistoso. De quebra, um toco sensacional de Anderson Varejão em Gallizzi levantou o bom público que foi ao ginásio e viu Tiago Splitter ser o cestinha brasileiro com 15 pontos. Os dois pivôs ainda fizeram a diferença nos rebotes, com 12 cada. Nenê, com 10 pontos e sete rebotes, também teve bons momentos. - Foi um jogo catimbado, eles gostam de jogar assim. Foi uma boa experiência, mesmo eles não estando com time completo. Um bom jogo para treinar para o Mundial. O Brasil precisa melhorar detalhes no ataque e na defesa, assim como a sua forma física. Os argentinos estão no Grupo B do Mundial e podemos cruzar com eles, o que seria complicado, pois eles estão jogando juntos há anos - disse Splitter após o jogo.

A última vez que os brasileiros haviam vencido um duelo contra os argentinos fora na primeira fase do Pré-Olímpico de Mar del Plata, em 2011. - Acho que é sempre importante ganhar, mas a diferença entre o jogo de hoje e o contra Angola foi que tivemos baixo aproveitamento da quadra, e isso atrapalhou. Eles se fecharam muito no garrafão, porque nosso garrafão é muito forte, mas não conseguimos ter bom aproveitamento (37,4%). Acho que com a intensidade e a vontade defensiva conseguimos ganhar. Quando se fecha o garrafão, alguém tem que meter a bola de fora. Também tivemos baixo aproveitamento nos lances livres (67,5%), é mais uma coisa em que temos que melhorar - avaliou o técnico do Brasil, Rubén Magnano. Pelo lado dos hermanos, Facundo Campazzo sobressaiu e foi o cestinha do confronto, com 17 pontos. Bortolin anotou 14. Recém-contratado pelo Flamengo, Walter Herrmann fez somente um ponto em 16 minutos de quadra. Laprovittola ficou o jogo inteiro no banco de reservas. - Sabíamos que a partida seria física, com muito contato. Fizemos uma boa partida, seguimos as orientações do treinador. Creio que Scola vai nos ajudar ofensivamente, com eles estaremos muito melhores - opinou Campazzo. Antes de a bola subir, o capitão Marcelinho Huertas ganhou voz. Recebeu o microfone e pediu o apoio da torcida não só para a partida que estava por vir, mas também para o Mundial da Espanha. Prometeu empenho da seleção durante toda a caminhada. Apesar de um início morno e de erros de finalização dos dois lados, o Brasil se mantinha na frente. Uma cesta de três de Leandrinho deu aos anfitriões a vantagem de 16 a 11. Foi o suficiente para Julio Lamas pedir tempo. Rubén Magnano ia trocando as peças, Nenê por Anderson Varejão. Lamas também buscava a sua melhor formação, mas os anfitriões levavam o primeiro quarto: 20 a 14. Magnano pedia uma defesa mais agressiva. Era atendido. Lá na frente, o time se enrolava. Pegava quatro rebotes seguidos e não conseguia converter a cesta. Larry Taylor também bobeava, perdia a bola e fazia Magnano chamá-lo de volta para o banco (24 a 22). Com Raulzinho, Marcelinho Machado, Leandrinho, Varejão e Hettsheimeir em quadra, os adversários foram se aproximando. Tinham marcado 13 pontos contra apenas seis do Brasil. Não demoraram a tomar o comando do placar (27 a 26). Aos poucos, Magnano recolocava os titulares no jogo. Splitter, Huertas e Alex voltavam. O time brasileiro subia de produção e retomava a frente (33 a 30). A arquibancada também reagia e provocava os hermanos cantando "Mil Gols", música herdada da Copa do Mundo de futebol que exalta Pelé e tira sarro de Maradona. Mas a situação voltava a ficar apertada: 33 a 32, com nove pontos de Splitter e sete de Alex, os mais eficientes do Brasil na primeira metade da partida. Antes da retomada do jogo, merecidas homenagens. Splitter ergueu mais uma vez o troféu da NBA e recebeu uma placa da CBB. As mesmas oferecidas a Huertas pela conquista da Liga ACB, e para os rubro-negros Marcelinho, Marquinhos e Felício pelos canecos do NBB e Liga das Américas. De volta ao trabalho, a seleção tentava imprimir mais velocidade no ataque. Um passe de Alex, e a cravada de Nenê levantavam a torcida. Marquinhos também enterrava, e a Argentina via os donos da casa abrirem 45 a 35. Os hermanos começavam a se queixar das marcações da arbitragem. O técnico Julio Lamas tomou uma falta técnica depois de entrar na quadra para reclamar. O Brasil se garantia nos rebotes, mas continuava amassando o aro. Desperdiçava ataques em sequência e permitia nova aproximação: 49 a 48. No primeiro minuto do último período, os argentinos levaram duas faltas técnicas e deram a chance para a seleção respirar (54 a 48). Um toco de Varejão em Gallizzi fazia a torcida levantar logo depois de mais um ataque sem sucesso. Na metade do quarto, o ala-pivô passava a ser a melhor opção ofensiva do time. Marcelinho Machado seguia zerado após 14 tentativas. O tempo esquentava. Mas a arbitragem controlava a situação. O Brasil tinha uma boa frente (61 a 53), mas teimava em forçar os arremessos de longe. Ainda assim, conseguia ditar o ritmo e bater a Argentina no primeiro passo da caminhada para o Mundial.

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