Confrontos entre manifestante e polícia no 1º dia do GP do Bahrain

Os protestos no Barein, contra a monarquia sunita, são parte da chamada Primavera Árabe

Avalie a matéria:
Manifestantes pintam muros contra a realização do GP do Bahrein | AP
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os carros da Fórmula 1 foram para a pista do circuito do Barein nesta sexta-feira para os treinos antes da corrida de domingo, enquanto forças de segurança do governo, empenhado em garantir o sucesso do Grande Prêmio do país, entravam em confronto com ativistas determinados a promover "dias de fúria" após mais de um ano de protestos no reino árabe.

Na quinta-feira, véspera do primeiro treino livre, os protestos se espalharam por aldeias no entorno da capital, mas distantes do local da corrida. A polícia usou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, em confrontos que já vinham fermentando durante a semana.

, foram reprimidos com violência no ano passado. Embora com intensidade mais reduzida, distúrbios continuam ocorrendo quase diariamente em bairros muçulmanos xiitas do país, e milhares de pessoas participam dos protestos contra a monarquia sunita.

A crise já havia levado ao cancelamento do GP do Barein em 2011, e a família real Al Khalifa esperava que a sua realização neste ano contribuísse para passar ao mundo uma imagem de normalidade.

A corrida - cuja realização custa cerca de 40 milhões de dólares ao reino - só foi confirmada na semana passada, após muita hesitação. Durante esta semana dois membros da equipe britânica Force India pediram para deixar o país depois de terem testemunhado um tumulto em uma via expressa no caminho entre o circuito e o hotel.

Em nota, as autoridades disseram que "alguns perturbadores e vândalos foram detidos por tomarem parte de comícios e reuniões ilegais, bloquearem estradas e ameaçarem a vida das pessoas ao atacá-las com bombas de gasolina, barras de ferro e pedras".

A Force India disse que fará apenas um treino limitado nesta sexta-feira, por estar preocupada com a segurança.

O público nas arquibancadas nesta sexta-feira era pequeno. A sexta-feira é o dia das principais preces islâmicas, e também de grandes protestos. O partido Wefaq e outros grupos xiitas de oposição convocaram manifestações para mais tarde num bairro residencial dos arredores da capital, Manama.

A oposição diz que 95 organizadores dos protestos foram detidos em ações policiais noturnas na última semana, e que 54 pessoas ficaram feridas nos protestos. A polícia não apresentou cifras de presos e feridos.

Embora jornalistas esportivos estejam em peso no Barein para a corrida, repórteres não-esportivos da Reuters e de outros veículos não receberam vistos para entrar no país.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES