Reforma do Beira-Rio causa briga de vaidades no Inter

Idas e vindas das quartas de final irritam Abel Braga

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O que era para ser motivo de orgulho e união entre os dirigentes do Inter virou motivo de desavenças e guerra de vaidades. A reta final da reforma do Estádio Beira-Rio para a Copa do Mundo está causando mal-estar também no técnico Abel Braga que, após comandar o time em duas oportunidades dentro do Beira-Rio, não se conforma em ter que atuar fora de casa nas partidas decisivas do Campeonato Gaúcho.

?Já teve jogo e agora não tem mais, por quê? Se já teve há um mês antes e agora não tem mais, alguém está atrapalhando. Qual estádio destes que já foi inaugurado, teve jogo e parou? Nós já jogamos duas vezes no Beira-Rio e será que um mês depois piorou o estádio? Alguém me explica isto para que eu possa entender?, disse o técnico colorado Abel Braga após saber que o Inter não iria jogar no Beira-Rio a partida deste sábado, contra o Cruzeiro-RS, pelas quartas de final do Gaúcho.

Entre os dirigentes do Inter existem duas facções: a que quer a utilização do Beira-Rio antes da reabertura oficial e a que pretende preservar o estádio até a data da reabertura.

Na última semana, em entrevista ao site Terra, a vice-presidente do Inter Diana Oliveira, afirmava que o Inter não iria jogar no Beira-Rio nas fases de quartas de final e semifinal do Campeonato Gaúcho atendendo um pedido da produtora que está organizando o show de reabertura do estádio colorado.

?A produtora que está organizando a festa solicitou para que o Inter não jogasse no Beira-Rio até o dia da festa de reabertura. O medo da produtora é de atrasar a montagem do espetáculo devido aos jogos?, disse Diana Oliveira, membro da comissão de obras do Estádio Beira-Rio, no dia 14 de março.

No mesmo dia o vice-presidente de administração do Inter, José Amarante, afirmou que o Inter iria atuar no Estádio Beira-Rio. ?A partida contra o Cruzeiro-RS será no Beira-Rio, não há dúvidas em relação a isto, estamos juntando todos os documentos para entregar na vistoria da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros que será feita antes do jogo para a liberação do estádio pelo Ministério Público?, declarou José Amarante em entrevista na Rádio Guaíba.

O discurso de Amarante se manteve até a última quinta-feira, 48 horas do jogo entre Inter x Cruzeiro, quando por determinação do presidente colorado Giovanni Luigi o local da partida passou do Beira-Rio para o Estádio do Vale, em Novo Hamburgo.

?Infelizmente, hoje dentro da direção do Inter existe uma briga de vaidades entre o José Amarante e a Diana Oliveira. Eles ambicionam voos mais altos dentro do Inter e estão buscando este espaço dentro da direção. Nesta queda de braço a Diana acabou vencendo, pois o jogo não vai acontecer no Beira-Rio. O presidente só dá ouvidos as pessoas que falam o que ele quer ouvir e não aquilo que pode vir a ser positivo para o clube?, disse um dirigente colorado, próximo ao presidente Luigi, que pediu para não ser identificado.

Este mesmo dirigente afirmou que os dois jogos testes realizados contra Caxias e Brasil de Pelotas, na fase classificatória do Campeonato Gaúcho já foram suficientes para os ajustes do Beira-Rio.

?Os dois testes já foram suficientes e nas duas oportunidades os problemas apresentados foram mais destacados do que a reforma do estádio. A produtora também está pressionando que o Inter não realize mais jogos até o dia da reabertura, o medo é que estas partidas acabem esvaziando a festa e o amistoso contra o Peñarol?, destacou o dirigente.



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