Romário defende saída de Ricardo Teixeira da presidência da CBF

Deputado federal considera que o dirigente teria tempo para se defender das denúncias

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R. Teixeira, Romário e Ronaldo na sede do COL no último mês | Globo
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Poucos dias depois de encontrar Ricardo Teixeira na sede do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014 e afirmar que não tinha nada contra ninguém, Romário voltou a criticar o presidente da CBF e do COL. Em entrevista ao site da revista ?VEJA?, o deputado federal defendeu o afastamento do dirigente de seu cargo para que ele possa se defender das sérias denúncias que vem recebendo.

- Existem algumas instituições que, dentro de seus estatutos, seus presidentes ficam eternamente no cargo. Infelizmente a CBF é assim. Ricardo Teixeira é uma pessoa que a gente tem que agradecer por ter trazido a Copa do Mundo, mas hoje enfrenta vários problemas de corrupção. Tem problemas com a Fifa, tem processos no Rio, no Brasil, fora do Brasil, dentro da Fifa, fora da Fifa, na CBF, no Comitê Organizador Local da Copa. Se ele deixasse a CBF agora, para ele seria até bom, porque resolveria isso definitivamente e logo. Ricardo Teixeira acha que não deve sair porque nada foi comprovado, e isso é verdade. Mas enquanto não é provado que ele cometeu algum tipo de crime, sou a favor que ele deixe a CBF.

Caso Ricardo Teixeira não se afaste do cargo, Romário diz que o governo federal deveria tomar uma providência. Segundo ele, o Brasil deve organizar manifestações ?contra aqueles caras que fazem mal ao futebol?.

- A única forma, se não for por parte do próprio presidente da CBF de pedir para sair, seria a intervenção do governo federal. Mas hoje o presidente é o Ricardo Teixeira e, a gente querendo ou não querendo, felizmente ou infelizmente, tem que conviver com isso. O Brasil deve ter pensamento positivo e organizar manifestações contra aqueles caras que fazem mal ao nosso futebol, que é o Ricardo Teixeira, por exemplo, na opinião de todo o mundo.

O presidente da CBF teve seu nome envolvido em uma denúncia da TV inglesa BBC - que apontou o dirigente como um dos que teriam recebido comissões da agência de marketing ISL, que anunciou falência em 2001. Supostamente, por causa dessas relações, a ISL obtinha lucrativos contratos de patrocínio e de direitos de televisão com a Fifa. No Brasil, a Polícia Federal chegou a instalar um inquérito para apurar a suposta lavagem de dinheiro e evasão de divisas do presidente da CBF.

Romário disse ainda que, se continuar no ritmo atual, o "Brasil vai passar a maior vergonha da história das Copas".



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