Saída de Ricardo Teixeira da Fifa eleva crise no comando da CBF

A vaga deixada por Teixeira não pertence ao Brasil.

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A saída de Ricardo Teixeira do Comitê Executivo da Fifa aumenta a crise política aberta no futebol brasileiro com a renúncia do ex-presidente da CBF. Antes mesmo de Ricardo Teixeira deixar a Fifa, Marco Polo Del Nero já era apontado por cartolas com trânsito na CBF e na FPF como candidato ao posto.

A vaga não pertence ao Brasil. Ela é da Conmebol, a Confederação Sul-Americana, mas o caminho natural seria a indicação de outro brasileiro.

Assim, o novo presidente da CBF, José Maria Marin, deve ser pressionado por federações contrárias ao domínio paulista na confederação a indicar outro nome para a Conmebol levar à Fifa.

Seria uma maneira de Marin colocar em prática o discurso de que todos os Estados terão voz ativa durante sua gestão. Ele é cobrado para provar que, ao contrário do que a maioria dos dirigentes afirma, não ouve Del Nero antes de tomar todas as suas decisões.

O presidente da Federação Paulista, porém, tem credenciais para ocupar o cargo deixado por Teixeira. O estatuto da Conmebol é omisso em relação a casos de renúncia, mas prevê que o posto deve ser ocupado por um cartola que seja eleito em votação na Sul-Americana.

O candidato deve pertence a entidade nacional que indicá-lo ou já ter feito parte dela. Ou ainda ser membro do Comitê Executivo da Conmebol, situação de Del Nero.

A entidade pode convocar uma reunião de emergência para escolher o herdeiro de Teixeira. Quem conhece o cotidiano da Sul-Americana diz que o caminho seria Nicolás Leoz, presidente da Conmenbol, ouvir uma indicação de Marin e depois fazer um acordo para que as outras federações nacionais votem no nome escolhido pelo brasileiro.

Mas aí aparece um outro obstáculo para o cartola paulista. Recentemente Del Nero defendeu a criação de uma nova vice-presidência na Conmebol. Em tese, a mudança tiraria poder do atual presidente, e nem chegou a ser votada.

Interlocutores de Leoz afirmam que ele ficou furioso com o brasileiro. Por sua vez, Del Nero afirma que a intenção era criar um cargo para ajudar o presidente administrar a entidade.

Apesar das afirmações contrárias feitas pelo presidente da FPF, dirigentes de clubes e federações acreditam que ele já não se contenta com o poder só em seu Estado. Por isso, ao mesmo tempo, mirou a CBF, a Sul-Americana e a Fifa, principal sinônimo de status e poder no futebol.



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