Seleção brasileira enfrenta o México no Castelão

Seleção vive “déjà vu” em cenário da virada da nova era Scolari

Avalie a matéria:
Neymar arma chute no treino da seleção brasileira | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O mesmo adversário, o mesmo palco, na mesma rodada. Nesta terça-feira, o Brasil entra em campo com uma sensação de dèjá vu. Há um ano, Neymar e companhia enfrentavam o México, pela segunda rodada da Copa das Confederações, em Fortaleza. Agora, farão o mesmo pela Copa do Mundo, relembrando o jogo onde tudo começou.

Foi no Castelão que, há um ano, a seleção começou a entrar em comunhão com a torcida. Quando o Hino Nacional deixou de ser tocado nos alto-falantes do estádio, 57 mil pessoas cantaram a plenos pulmões o primeiro trecho da música à capela, emocionando os jogadores.

"Fiquei surpreso com aquela recepção toda. Na hora do Hino você escuta as pessoas cantando da forma que foi. Agora, se tratando de Copa, é outra situação", disse Thiago Silva, capitão do time. Dali em diante, o espetáculo se repetiu por onde o Brasil passou e foi arma até contra o experiente time da Espanha, que sucumbiu no Maracanã com um 3 a 0 inapelável.

A comunhão, é verdade, não começou no estádio. Nos dias que antecederam a partida, o Brasil criou uma febre em Fortaleza e foi acompanhada por todos os lugares. Em um treino no estádio Presidente Vargas, por exemplo, Felipão e a comissão técnica se viram obrigados a abrir os portões para a entrada de uma multidão de 4,5 mil pessoas.

O apoio foi importante porque o jogo dentro de campo também foi um marco. A despeito de todo o peso de uma estreia, o 3 a 0 contra o Japão não representou exatamente um desafio para a seleção na primeira rodada. Foi contra o México, em Fortaleza, que a seleção começou a se testar de verdade em uma competição oficial.

"Não tenho a estatística do confronto, mas me parece que é muito equilibrado. Os dois times devem ter um posicionamento correto do início ao fim. Lembrem-se que no ano passado o segundo gol foi feito aos 40 minutos do segundo tempo. As duas equipes jogam futebol de muita qualidade", relembrou Luiz Felipe Scolari.

A vitória com dificuldade não chegou a ser ofuscada, mas dividiu o noticiário com outro acontecimento marcante da Copa das Confederações. Foi em Fortaleza que as manifestações que já tomavam o país atingiram de vez a atmosfera que envolvia a seleção brasileira. No dia do jogo contra o México, cerca de 40 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, foram às ruas da capital cearense.

O protesto, que tentava chegar na porta do Castelão, parou na barreira policial. Uma construção vizinha ao confronto virou cenário de guerra, com tijolos e pedras sendo atirados nos oficiais, que devolviam com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha. "Quebraram o vidro de uma máquina, bagunçaram tudo, mexeram nos materiais, mas não atrasou a obra", explicou Josino da Costa, encarregado da obra, que o UOL Esporte visitou na última segunda.

A dona do posto de gasolina que serviu de concentração para o protesto não teve a mesma sorte. "Ela teve de gastar uns R$ 7 mil. Quebraram todas as geladeiras, invadiram a dispensa e destruíram duas bombas de combustível", explica Josimar Pessoa, gerente do estabelecimento, um ano depois do ocorrido. O quebra-quebra fez a Fifa cogitar cancelar a Copa das Confederações, tamanha a repercussão que o protesto teve.

Em 2014, não se imagina que isso possa acontecer de novo ? embora a dona do posto em questão tenha encomendado tapumes por precaução. Da mesma forma, será mais difícil para a torcida brasileira repetir a festa do ano passado na mesma intensidade.

Se há um ano os mexicanos eram coadjuvantes em Fortaleza, desta vez eles têm um papel maior. Espalhados pela cidade desde o fim de semana e demonstrando grande empolgação nas ruas e praias, pouco mais de 13 mil torcedores da seleção mexicana devem estar no estádio para o jogo.

Além de dominarem alguns voos que chegavam à capital cearense nos últimos dias, os animados mexicanos desembarcaram em dois grandes transatlânticos ? um no domingo e outro na segunda-feira - que traziam mais de quatro mil torcedores.

Brasil e México se enfrentam a partir das 16h (horário de Brasília).



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES