Sem patrocínio e CT, Jade desabafa: “Está todo mundo meio desesperado”

Em preparação para disputar o Mundial da Bélgica, sem setembro, ginastas vivem período de incerteza.

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Espelho para a nova geração da ginástica artística brasileira, Jade Barbosa enfrenta um momento difícil em seu retorno à seleção brasileira. Sem contrato de patrocínio e local fixo para treinar, a situação atual na qual vive reflete o momento do próprio esporte no Brasil. Em entrevista ao "SporTV News", em Três Rios, a 140 km do Rio de Janeiro, onde participa de um camping de treinamento, a ginasta desabafou e afirmou que atletas vivem um período de incerteza.

- De repente, em três meses, a gente não tinha nada, não tinha mais clube, porque o ginásio (do Flamengo) pegou fogo, depois mandaram a gente embora, não tinha nem mais CT, porque tinham que demolir. Isso a três anos antes de uma competição super importante (Olimpíadas de 2016). E não tem um ginásio para treinar? Um ginásio que a gente possa se concentrar, para a seleção treinar junto? Está todo mundo meio desesperado, meio triste - disse.

Assim como todos os atletas da ginástica do Flamengo, Jade foi despedida pelo Rubro-Negro após uma nova diretoria assumir o comando do clube em 2013 e o ginásio da Gávea ter pegado fogo, ficando parcialmente destruído. Após uma passagem pelo centro de treinamento do Velódromo do Rio, fechado para dar lugar a um equipamento de acordo com o padrão das Olimpíadas do Rio 2016, a ginasta tem treinado desde o início de abril no CEGIN, centro de treinamento em Curitiba, no Paraná.

Jade participa até o próximo sábado de um camping organizado pela Confederação Brasileira de Ginástica, em Três Rios. O ucraniano Oleg Ostapenko, técnico responsável pela melhor fase da ginástica artística brasileira, entre 2002 e 2008, é um dos convidados do evento, que visa a preparar e monitorar atletas para os Jogos do Rio.

O objetivo de Jade é disputar o Mundial de Ginástica, que acontece em setembro, na Bélgica. A atleta, que enfrenta uma readaptação após dois meses sem treinar, afirmou que a falta de patrocínio e um CT abalam o psicológico dos atletas.

- A gente fica muito triste, porque a ginástica já conseguiu a maioria das medalhas possíveis. Temos medalhas em Jogos Pan-Americanos, em Mundiais, Sul-Americanos e até em Olimpíadas. Como é que a gente vai estar com uma cabeça boa para treinar bem? - declarou.

Segundo a coordenadora da CBG, Georgette Vidor, um novo CT para a ginástica brasileira será construído no Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Comitê Olímpico Brasileiro não confirmou a informação. De acordo com o Ministério do Esporte, um centro de excelência será montado em São Bernardo do Campo, em São Paulo.



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