TAM rompe contrato com a CBF após denúncias

A companhia não informou oficialmente o motivo da rescisão do contrato.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A TAM decidiu romper o contrato de patrocínio com a seleção brasileira. A comunicação será feita pela empresa aérea nos próximos dias. A intenção da TAM é não ter mais a sua marca vinculada à confederação em 2013. A companhia não informou oficialmente o motivo da rescisão do contrato.

Quatro empresas de propriedade de um amigo do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira foram indicadas pela entidade como beneficiárias do contrato de patrocínio da seleção com a TAM.

Pelo documento, a confederação apontou as empresas do Grupo Águia, de propriedade de Wagner Abrahão, para receber o valor das cotas mensais do patrocínio.

Abrahão é amigo próximo de Teixeira. Viajou de jatinho com o ex-cartola para Miami pouco antes de sua renúncia, em março. Teixeira comandava a entidade na época em que o acordo foi assinado.

Segundo o contrato, a TAM paga US$ 7 milhões (R$ 14,1 mi) por ano à confederação para patrocinar a seleção brasileira. As cotas são mensais.

De acordo com um dos artigos do documento firmado entre as duas instituições, a CBF informa à TAM que o pagamento mensal poderá ser feito na conta de uma das quatro empresas do grupo de Abrahão e as lista.

São elas: a Pallas Operadora Turísticas Ltda, a Iron Tour Operadora Turística Ltda, a One Travel Turismo Ltda e a Top Service Turismo Ltda.

A TAM e a confederação acrescentaram uma cláusula de confidencialidade para manter o artigo em sigilo.

A rescisão unilateral não prevê multa. Pelo contrato, as duas partes pactuaram que a comunicação terá de ser "enviada por escrito com 180 dias de antecedência da entrada em vigor de cada novo ano de período do contrato, à outra parte, sem que haja qualquer tipo de penalidade e indenização devido a ela". O acordo vale até 2014, mas poderia ser renovado automaticamente por mais quatro anos após a Copa.

O próximo jogo da seleção será o amistoso contra a Colômbia, no dia 14, nos EUA. Nesta viagem, a empresa ainda deverá transportar o time de Mano Menezes.

Em 2011, quando Teixeira integrava o Comitê-Executivo da Fifa, o Grupo Águia, de Abrahão, e a Traffic ganharam o direito da venda de pacotes de turismo oficiais para a Copa do Mundo. Pelo acordo, as empresas poderão negociar 100 mil "pacotes de hospitalidade" da Fifa.

Em 2001, a CPI do Futebol investigou a agência SBTR, cujo dono era Abrahão. Segundo a CPI, a SBTR praticava tabela com tarifas cheias, sem desconto, em viagens da seleção pagas pela CBF.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES