Corinthians e Grêmio empatam, e má fase “invade” também a Copa do Brasil

Na primeira partida das quartas de final, paulistas e gaúchos repetem erros do Brasileirão e ficam no zero; jogo de volta será em 23/10, na Arena

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A intenção era utilizar a Copa do Brasil como válvula de escape para a má fase no Campeonato Brasileiro, mas o empate por 0 a 0, no Pacaembu, na partida de ida das quartas de final, apenas prolongou o mau momento de Corinthians e Grêmio. Os paulistas já somam sete partidas sem vencer. E os gaúchos, quatro.

O jogo de volta será em 23 de outubro, na Arena. Ao Grêmio, basta uma vitória simples para se classificar. Mas um empate com gols dá a vaga ao Timão, pelo critério de gols na casa do adversário - é por isso que Tite, o técnico corintiano, não achou o resultado de todo mal. Outro 0 a 0 levaria a decisão para os pênaltis.

Num Pacaembu cheio, mas não lotado (público pagante foi de 28.351 pessoas, com renda de R$ 921.633,00), o clima era de decisão. E isso se refletiu dentro de campo. Mas apenas na questão do jogo duro. Em relação à técnica, a partida esteve longe de agradar. Foram poucas as chances de gol. O Corinthians dominou o primeiro tempo. O Grêmio foi melhor no segundo tempo.

Agora a sete jogos sem vencer, somando outros seis do Brasileirão, o Timão iguala sua pior série desde o retorno à elite (em 2010 também ficou sete partidas sem ganhar). Já o Grêmio mantém o sinal de alerta ligado para tentar rapidamente uma recuperação no Campeonato Brasileiro. A boa notícia foi que, em jogo atrasado, o Santos tropeçou no Náutico, e a vantagem gremista para o quinto colocado se manteve em cinco pontos. No domingo, o Grêmio encara o São Paulo no Morumbi, e o Corinthians pega a Portuguesa em Campo Grande.

Muitas faltas e poucas chances

De um lado um time que exalta a raça, o calção sujo de barro. Do outro, um clube que se diz imortal, copeiro. Resultado: uma partida pegada, de lances duros. Desde o primeiro minuto, os jogadores de Corinthians e Grêmio se estranharam. Faltas, provocações, simulações... e cobranças ao árbitro.

Em termos técnicos, o primeiro tempo da partida foi fraco. Muito por ter sido truncado, violento. Melhor em campo, Emerson Sheik foi o responsável pelos melhores momentos do Corinthians. Primeiro, em um forte chute de fora da área que Dida defendeu atrapalhado; depois, em chute cruzado para fora.

Sheik, aliás, também foi destaque na catimba. Fã de jogos decisivos, ele se estranhou com Pará e depois com Kleber. Em determinado momento chegou até a dar uma dura no quarto árbitro, perguntando o que ele estava fazendo ali, na beira do gramado, e pedindo para que fizesse algo em relação às faltas que sofria.

Disposto a marcar no campo de defesa, o Grêmio pouco criou. Na verdade, não levou perigo ao gol de Cássio. Rhodolfo, na zaga, teve boa atuação na etapa inicial e salvou o time gaúcho em desvio de Danilo. Com a cabeça, o defensor gremista evitou que a bola entrasse no gol de Dida e mandou por cima do travessão.

O Timão ainda chegou a balançar a rede com Guerrero, mas o árbitro, de maneira equivocada, assinalou impedimento. De uma maneira geral, no entanto, chamou a atenção a rispidez com que corintianos e gremistas encararam a primeira parte do jogo válido pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Grêmio melhora, mas não marca

O segundo tempo começou com mais futebol e menos violência. As duas equipes deixaram fluir um pouco mais o jogo. Mas ainda havia espaço para algumas faltas duras. E o árbitro passou a advertir os jogadores com cartão amarelo.

No Corinthians, Tite, que já tinha colocado Ibson no lugar de Maldonado, resolveu sacar Paolo Guerrero e escalar Alexandre Pato. Mas foi o Grêmio quem chegou com perigo, em cobrança de falta de Vargas. Cássio, bem colocado, espalmou para escanteio a melhor chance dos gaúchos até então.

Mais ofensivo do que antes, o Grêmio passou a aparecer com mais frequência no ataque, fazendo a defesa corintiana e o goleiro Cássio trabalharem mais. Ora com Vargas, ora com Barcos, o time de Porto Alegre aparecia na área alvinegra. Faltava, no entanto, um capricho maior na finalização.

Se no primeiro tempo foi o Timão quem dominou a partida, na etapa final o Tricolor gaúcho é quem controlou mais o jogo. Mas o gol não saía. E o nervosismo voltava a aparecer. Até no banco. Danilo Fernandes, reserva de Cássio, chegou a ser advertido com um cartão amarelo pelo árbitro.

Ambos com medo de se expor demais e sofrer o gol, preferiram a cautela à ousadia na reta final da partida. E o empate sem gols prevaleceu no Pacaembu.



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