Volante brasileiro no Japão pede para retornar ao Brasil

Fabinho, ex-Cruzeiro e Corinthians, está preocupado. E não é o único

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Fabinho, quando ainda jogava pelo Cruzeiro | Divulgação
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O volante Fabinho já decidiu: vai pedir ä diretoria do Yokohama Flugels que o libere para voltar ao Brasil e levar a família. ?Como o campeonato está parado, posso pelo menos levar minha mulher e os filhos para aí. Depois eu volto?, disse ao Blog do Boleiro, o jogador que mora em Yokohama, cidade que fica a 30 quilometros de Tóquio.

Fabinho, ex-Cruzeiro e Corinthians, está preocupado. E não é o único. As notícias de um possível desastre nuclear nas usinas de Fukushima, a 240 quilometros de distância, tornaram o medo de um abalo sísmico em pavor de contaminação por material radioativo. ?Eu tenho acompanhado o noticiário pela televisão brasileira e pela internet. Aqui, eles não estão informando tudo. Dá a sensação que fica faltando alguma notícia importante da parte do governo?, disse.

A decisão de pedir para viajar ao Brasil foi tomada na manhã desta terça-feira. Fabinho está preocupado com os filhos, que não conseguem ficar parados dentro de casa usando máscaras no rosto. ?Eles não entendem. Na porta de casa tem um parque onde a gente leva as crianças para brincar todos os dias. Eles querem ir lá e não podem?, contou.

No final da tarde, Fabinho foi ao mercado que lhe vende produtos brasileiros. Voltou sem a encomenda. ?Em geral, eles precisam de um dia para mandar tudo. A dona me pediu mais tempo porque não sabe quando vai chegar. Já há escassez de comida?, contou.

Desde domingo, o Yokohama Glugels mantém os jogadores de folga, em casa. O clube ficou sem energia elétrica para aquecer a água e garantir até a refeição dos atletas. ?Mandaram a gente esperar mais um dia. Não tem comida para eles cozinharem, os banheiros, o ofurô que eles têm no vestiário, está tudo sem funcionar?, disse. A J-League está parada desde o terremoto seguido de uma onda gigante que abalou o Japão no último sábado.

Além disso, a falta de combustível (?posso dizer que 97 por cento dos postos estão sem gasolina?) impede o deslocamento das pessoas. ?O clube está sendo muito legal com a gente e o povo daqui também. Mas acho que esta ameaça de nuvem ou chuva radioativa é muito forte. Vou ver se o clube me deixa pelo menos levar a família para aí?, completou.



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