Vôlei Futuro dá o troco, empata a série e segue na briga pela vaga

Após perder em casa, Lorena e seus companheiros superam pressão e batem Rio no Maracanãzinho

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Aquela derrota por 3 sets a 0, em plena Araçatuba, ainda estava engasgada. E, apesar da desvantagem na série, o Vôlei Futuro não estava nem um pouco disposto a fazer aumentar a lista de gigantes derrubados pelo Rio de Janeiro. Neste domingo, no Maracanãzinho, o estreante da Superliga contou com o apoio de 11.400 torcedores, saiu na frente, criou oportunidades, mas não conseguiu passar por Lorena, eleito o melhor em quadra, e seus companheiros: 3 sets a 1, parciais de 18/25, 27/25, 25/23 e 25/21. Dado o troco, a vaga na final da Superliga será decidida na próxima sexta-feira, às 21h, no interior de São Paulo.

Em seu primeiro ano de vida, a equipe carioca ainda segue com chances de se igualar a Unisul, Florianópolis e Montes Claros, então três calouros que ganharam o direito de brigar pelo título da competição. Pode fazer mais. Ainda segundo as estatísticas da CBV, nenhum outro time, que ficou em sétimo lugar na fase de classificação, avançou à decisão.

- A gente não queria que a nossa história terminasse aqui hoje. Nós vimos o vídeo do jogo passado e concluímos que perdemos para nós mesmos, porque não fizemos o que vínhamos fazendo dentro do campeonato. Sabíamos que, se jogássemos como nas partidas anteriores, poderíamos passar pressão para o outro lado. Aos pouquinhos, os jogadores foram entrando no jogo e conseguimos arrancar essa vitória. Agora a série está aberta e sabemos que vai ser um jogão na sexta-feira - disse Lorena, o destaque da partida, com 23 pontos.

O jogo

Mal pisou na área de saque, Marlon ouviu o pedido da arquibancada. O pedido era por um ace, mas o saque parou na rede. Esse e outros tantos também de seus companheiros e também do Vôlei Futuro, que forçavam os seus. Os erros deixaram o jogo equilibrado até o oitavo ponto. Dali em diante, quem deu as cartas foram os anfitriões. Dante comandou a equipe, que rapidamente abriu 15/10. O time de Araçatuba não se encontrava. Seguia desperdiçando saques e ataques. O técnico Cezar Douglas tentava colocar ordem na casa, tirou Ricardinho de quadra, trocava outras peças, mas nada surtia efeito. A difereça só aumentava. Para piorar a situação, o adversário estava muito atento e salvava bolas praticamente perdidas. A torcida agradecia, fazendo ainda mais barulho (20/12). Sem conseguir parar Théo, o Vôlei Futuro via o primeiro set ir para a conta do rival: 25/18.

Durante o intervalo, o levantador Ricardinho chamou os companheiros para uma conversa. Buscavam força para tentar vencer a etapa seguinte. Vibravam a cada vez que olhavam o placar e se viam em vantagem. Mesmo que fosse de um ponto. Quando fez 11/9, com um ataque de Lorena, a vaia foi imediata. Ele fingiu que não ouviu e soltou o braço de novo. Camejo fez o mesmo. A frente aumentou para 15/12. Apesar das falhas, o Rio de Janeiro encostava no marcador. A chance de empatar ficou na rede, com um saque de Lipe. Depois dali o tempo esquentou. O juiz deu desvio no bloqueio num ataque do time de Araçatuba. Os jogadores do Rio de Janeiro diziam que não. Lorena não gostou e foi reclamar na rede.

No ponto seguinte, virou a bola e comemorou olhando para a torcida. A arquibancada passou então a voltar olhos e xingamentos em sua direção. Enquanto isso, a equipe carioca reagia e cortava a vantagem. Lorena ficou irritado e não quis nem ouvir as instruções do treinador no pedido de tempo. Pouco depois, o empate: 20/20. Mas o Vôlei Futuro não se abateu e fugiu outra vez (23/21). Lorena chamava a responsabilidade. O Rio de Janeiro evitou duas vezes que o adversário fechasse o set. Só que na terceira, Théo encontrou o bloqueio duplo montado à sua frente: 27/25.

Os visitantes não tiveram muito tempo para comemorar. Os donos da casa voltaram para a quadra mordidos, abrindo 5/0. Mantiveram a diferença na casa dos cinco pontos (11/6). Vini, Lorena e o líbero Mario Júnior tentavam fazer o Vôlei Futuro vibrar de novo. A essa altura, parecia não ser o suficiente para ameaçar o bom momento do Rio de Janeiro. Até que um saque errado de Lucão, dois pontos de Michael e uma bola na antena de Lipe tiraram os anfitriões da zona de conforto: 17/15. Em meio a lamentos, a equipe tentava recuperar a concentração e as rédeas do set. Sem sucesso. Lorena conseguiu o empate e, com um bloqueio simples, Vini promoveu a virada: 20/19. As equipes seguiram se revezando no comando do placar. Até que Ricardinho mandou duas bolas para Lorena e ele não perdoou: 25/23.

O Rio de Janeiro lutava, mas os erros voltavam a atrapalhar. Melhor para o Vôlei Futuro, que aproveitava para se distanciar. Ditava o ritmo e minava as forças do rival. Fez 22/18 e ainda contou com um ace de Vini para respirar aliviado. Faltavam só dois pontos. O outro saque não passou para o outro lado da quadra. Chance para o time da casa. Um erro no levantamento de Ualas deixou a equipe de Araçatuba a um passo do triunfo. No entanto, o Rio de Janeiro não se entregava. Salvou dois match-points. Um saque de Théo, que bateu na fita e não passou para o outro lado, deu a vitória para o Vôlei Futuro.

- Nós começamos bem a partida e já esperávamos por um jogo equilibrado. Mas nós começamos a pecar na parte defensiva, e o Lorena começou a rodar as bolas. Isso deu confiança para o time deles. O Vôlei Futuro passou a jogar de forma mais agressiva, que é o que eles têm de melhor. Acho que eles tiveram mais tranquilidade que a gente. Agora é mata-mata - disse Marcos Miranda, técnico do Rio de Janeiro.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES