Wilians sofre ippon e ganha prata no judô nos jogos paralímpicos

Judoca do Complexo do Alemão conquista sua primeira medalha

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O trauma de ter perdido a medalha em Londres ficou no passado. Wilians de Araújo quase desistiu do judô depois dos Jogos de 2012. Sorte do Brasil que o gigante de 1,90m e 135kg persistiu, cresceu no ciclo paralímpico do Rio de Janeiro e conquistou o tão sonhado pódio. O garoto que cresceu no Complexo do Alemão e ficou cego após um acidente doméstico só queria ter oferecido mais resistência para o uzbeque Adiljan Tuledibaev. O atual campeão mundial precisou de apenas dois segundos para se tornar também campeão paralímpico.

Número 1 do ranking mundial, Wilians se impôs nos confrontos rumo à final. Foi ippon sobre o iraquiano Garrah Albdoor na estreia. Na semifinal, mais um lindo ippon no cubano Yangaliny Jimenez em uma revanche do Parapan-Americanos de 2015 - o rival é o atual vice-campeão mundial. Só que na decisão foi a vez dele de ir ao chão.

A derrota relâmpago na final não diminuiu o orgulho de Wilians. Ele honrou o pedido do irmão Wellington, que há quatro anos o pediu para persistir na carreira e não desistir depois de ter perdido a disputa do bronze em Londres.

Nascido em Riachão do Poço, município de 3,5 habitantes no interior da Paraíba, ele se mudou para o Rio com cinco anos de idade. Na Cidade Maravilhosa, a família fincou raízes no Complexo do Alemão, uma das áreas de menor índice de desenvolvimento humano do país. Entre idas e vindas entre Rio e Paraíba, Wilians perdeu a visão em um acidente doméstico. No fatídico dia, ele brincava com uma espingarda do pai quando a arma disparou contra o seu próprio rosto.

Wilians conheceu o judô no Instituto Benjamin Constant em 2008. No início, a intenção do futuro atleta paralímpico era ter apenas um ganho de saúde. No entanto, o crescimento na modalidade veio de uma forma progressiva. Em pouco tempo, o paraibano já estava na seleção brasileira e, em oito anos de carreira, ele acumula um ouro por equipes e um bronze individual em Mundiais (ambos em 2014), um ouro no German Open (2016), além de duas medalhas de prata em Jogos Parapan-americanos (2011 e 2015). Agora também pode colocar no currículo a prata do Rio de Janeiro.



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