Horóscopo de verdade: a história de cada signo do zodíaco

Alguns acreditam e outros não, mas sempre há curiosidade

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Horóscopo | Hipercultura/Reprodução
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Os signos do zodíaco são um tema que, em qualquer roda de conversa, rende boas discussões e divide opiniões. Alguns acreditam, outros não; mas a maioria das pessoas, em algum momento da vida, já teve curiosidade sobre o assunto (mesmo que bem pouquinho). 

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Quem nunca fez ou ouviu a clássica pergunta “qual é o seu signo?” que atire a primeira pedra! Muitos consideram a resposta um divisor de águas na hora de começar uma amizade ou até mesmo uma paquera. Termos como “ascendente”, “lua”, “sol”, “paraíso e inferno astral” são até comuns entre nós, meros mortais; mas será que sabemos como de fato surgiu o horóscopo?

O começo de tudo

Desde a antiguidade, o céu e seus detalhes eram uma curiosidade entre os seres humanos que perguntavam-se o que aqueles pontos brilhantes significavam. Com o passar dos anos, foram atribuídas às estrelas diversas funções. A primeira delas surgiu com o homem pré-histórico a partir da evolução da agricultura e o planejamento da atividade de plantio. Um tempo depois, surgiu também a necessidade de locomoção de determinadas pessoas no escuro do deserto. Pelo o que se sabe, o local onde essas caminhadas começaram foi entre o rio Tigre e o Eufrates localizados na Mesopotâmia, região asiática.

As pessoas que aventuravam-se deserto adentro notaram, a partir da observação do céu estrelado, que alguns pontos luminosos eram praticamente “fixos”. E, assim, eles “ligaram” os pontos entre si para não se perderem durante suas viagens — mas esse exercício quase geográfico acabou gerando imagens que lembravam animais e até seres legendários. 

Todo esse esforço dos povos da antiguidade não foi em vão, afinal, ainda utilizamos as estrelas para a localização. É claro que temos métodos mais modernos hoje em dia que nos levam até nosso destino com maior precisão — alou, Google Maps! Mas quem não tem um celular na mão e sabe o mínimo sobre constelações pode tentar se virar desvendando o céu. 

O Zodíaco

O horóscopo, como o conhecemos, nasceu lá pelo século V a.C. Com uma mistura de filosofia grega, do conhecimento matemático dos egípcios, influências da astrologia milenar da galera da Babilônia e um pouquinho de Elemento X, surgiu a ideia de Zodíaco. Essa palavra, do grego, significa “círculo de animais” e indicava o grande cinturão celeste que marcava o trajeto do Sol naquele tempo. Cada uma das 12 constelações por onde o astro passava representava um signo (fenômeno chamado "eclíptica").

Pouco tempo depois, surgiu a ideia de horóscopo individual e os mapas astrais. Analisando a data e a hora exata que uma pessoa nasceu, dizem os astrólogos, é possível traçar sua personalidade e até ter revelações sobre o futuro. Além disso, no início da Era Cristã, foram atribuídas ao perfil de cada signo características relacionadas às estações do ano. “Outras influências, como a simples observação do temperamento de pessoas nascidas em um mesmo período, também interferiram nas características que cada signo apresenta atualmente”, afirma a astróloga Bárbara Abramo.

Os signos e a astronomia

Na antiguidade, havia uma correspondência exata entre a astrologia e a astronomia. Com o passar dos séculos, no entanto, a trajetória do Sol sofreu alterações devido a um fenômeno chamado precessão. A partir disso, a tal correspondência acabou se tornando um tanto quanto imprecisa. 

A Terra gira, todos sabemos disso. Mas o que nem todos sabem é que ela faz um movimento cônico, semelhante a de um peão — a diferença é que nosso planeta demora 25.800 anos para completar uma volta. A Terra tem um ângulo de inclinação constante, mas a direção para qual ela “aponta” muda com esse movimento. À medida que a Terra "aponta" para outro local, o lugar do Sol varia em relação às estrelas fixas — afinal, o movimento do astro sofre influência direta da translação terrestre.

Hoje, por exemplo, quando a primavera começa, o Sol está passando pela constelação de Peixes e não pela de Áries, como era na Antiguidade. Inclusive, devido a esse fenômeno, existem constelações na rota do Sol hoje em dia que sequer fazem parte do horóscopo. 

O que a Astrologia diz?

"A astrologia distingue o que é constelação e o que é signo", segundo o astrólogo Oscar Quiroga. "As constelações nunca foram referência para cálculo astrológico, pois o espaço que ocupam no céu é irregular. Já os signos são espaços regulares e virtuais que acompanham a eclíptica perfeitamente", diz Quiroga. Segundo o astrólogo, o cosmos e as pessoas são feitos da mesma substância e têm um relacionamento mútuo — que é exatamente o que a astrologia estuda. 

Mas não podemos dizer, contudo, que o horóscopo ficou totalmente para trás: ele acompanhou algumas mudanças astronômicas. “É o caso de inovações relativamente recentes na escala histórica, como a descoberta dos planetas Urano, Netuno e Plutão, que trouxeram novos elementos à interpretação astrológica do céu”, explica David Pingree, historiador da Universidade de Brown, nos Estados Unidos.

Os signos e a mitologia

Quais são as histórias gregas mitológicas que estão por trás do horóscopo?

Áries

O filho do rei Atamas, Frixo, estava prestes a ser assassinado pela madrasta. Na hora H, ele foi salvo por um carneiro com lã de ouro, enviado por sua mãe. O carneiro foi sacrificado e teve sua lã (o velocino de ouro) enterrada no pomar de Ares, o deus da guerra. O nome áries significa carneiro em latim e é daí que vem o aríete, o instrumento de guerra que serve para arrombar portões e geralmente traz uma cabeça de carneiro na ponta.

Touro

O período de Touro coincidia com a primavera há 4 mil anos, sendo o primeiro signo do Zodíaco. Ele foi originado de um mito grego no qual Zeus, chefe dos deuses, assumiu a forma do animal para atrair a princesa Europa. O touro também é uma figura importante nos calendários das civilizações mesopotâmicas por simbolizar a fertilidade (não é à toa que esse foi o primeiro signo reconhecido — e na época da primavera, quando a natureza começa a renascer após o inverno).

Gêmeos

Castor e Pólux, filhos de Leda (rainha de Esparta), embora fossem gêmeos, tinham pais diferentes. Castor, filho do rei de Esparta, era mortal. Já Pólux, filho de Zeus, imortal. Eles eram grandes amigos e juntos lutaram na Guerra de Troia. Quando Castor morreu durante o combate, Pólux ficou perturbado. Zeus, então, decidiu tornar Castor imortal eternizando os irmãos na constelação de Gêmeos.

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Câncer

Em latim, a palavra significa “caranguejo”, uma das 12 criaturas mortas por Hércules. A esposa oficial de Zeus, Hera, teria enviado a criatura para enfrentar e assassinar o herói. O caranguejo foi morto, mas sua coragem foi eternizada com uma constelação.

Leão

E Hércules ataca outra vez! Essa criatura também entrou para a lista vermelha do herói, que não só estrangulou o bicho com as próprias mãos, mas também fez um manto com sua pele. Em homenagem a essa vitória, Zeus desenhou um leão nos céus. 

Virgem

Essa constelação, para os romanos, representava a deusa da justiça (Virgo). Devido à mania humana de começar guerras, a deusa ficou doente. Segundo a história, ela foi o último ser celestial a subir para a morada dos deuses. Minerva, deusa da sabedoria, teria então desenhado uma imagem no céu em sua homenagem.

Libra

Segundo os romanos, o signo representava a balança usada por Virgo para pesar a alma dos seres humanos. A depender do resultado, o destino final seria o paraíso ou o mundo subterrâneo.

Escorpião

Ártemis era uma grande amiga do gigante Órion, mas essa relação gerava muito ciúmes em seu irmão, Apoi. Para dar um fim à amizade, Apoi enviou um escorpião para morder o gigante. Zeus, em memória de Órion, colocou a imagem do escorpião nos céus.

Sagitário (Arqueiro)

Segundo a mitologia grega, Chiron era o centauro mais sábio de todos. Sua morte aconteceu ao ser acidentalmente atingido por uma flecha de Hércules. Assim como os demais, Zeus o homenageou com uma constelação.

Capricórnio

Na história grega, o animal que representa o signo é uma cabra com rabo de peixe. Para fugir do titã Tifon, o deus da natureza Pan se jogou na água. Ele morreu porque não conseguiu transformar-se completamente em um peixe, já que metade do seu corpo ficou acima da superfície. 

Aquário

O mês de aquário correspondia, no Oriente Médio, ao período de chuvas. Foi assim que surgiu o simbolismo do signo: um homem virando seu jarro de água. 

Peixes

Segundo os gregos Afrodite, a deusa do amor, e seu filho Eros teriam se transformado em peixes para fugir do titã Tifon, que não suportava água — assim como o deus Pan fez. Para lembrar dessa fuga , Atena, deusa da sabedoria, criou uma constelação.



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