1° exame mostra que africano internado no Rio de Janeiro não tem ebola

No entanto, as chances de um resultado diferente são consideradas remotas.

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O Ministério da Saúde informou na manhã deste sábado que o resultado do primeiro exame do paciente Souleymane Bah, recém chegado da Guiné, deu negativo para o vírus do ebola. As análises foram feitas pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, referência número um no assunto no país. Um novo teste será realizado neste domingo, 48 horas após a coleta da primeira amostra de sangue, como determina o protocolo médico nesse caso. No entanto, as chances de um resultado diferente são consideradas remotas.

Segundo a pasta, o paciente está sem febre desde ontem e não apresentou nenhum outro sintoma que poderiam sugerir a doença, mas seguirá internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz, até que o resultado do segundo exame seja divulgado. Caso este também seja negativo, as 64 pessoas que tiveram contato com Bah em Cascavel (PR), de onde ele foi transferido na manhã de sexta-feira para o Rio, e estavam sob observação, deixarão de ser acompanhadas.

A segunda amostra de sangue também será enviada para análise laboratorial no Instituto Evandro Chagas, no Pará, e o resultado ficará pronto na segunda-feira.

O guineano de 47 anos chegou ao Brasil via Marrocos e desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em 19 de setembro. Ele foi atendido na última quinta-feira na UPA de Cascavel, às 17h45m, relatando febre, tosse e dor de garganta iniciadas dois dias antes, portanto no limite do período de incubação do ebola.

Em coletiva, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o ministério adotou todos os procedimentos necessários para a interrupção de uma possível cadeia de transmissão do vírus, e que os procedimentos adotados até o momento estão previstos no Regulamento Sanitário Internacional.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ebola já matou mais de 4 mil pessoas. Os países mais afetados são Libéria e Serra Leoa. A Guiné é o terceiro país com mais número de casos, com mais de 600 pessoas infectadas pelo vírus e 400 mortes. Segundo a organização Médicos sem Fronteiras, desde o final de agosto a epidemia se intensificou no país, com mais de 120 casos detectados, sendo 85 deles confirmados.

A Guiné é o único país africano com registro de epidemia da febre hemorrágica que ainda concede visto para estrangeiros que querem vir ao Brasil. A embaixada brasileira no país emite cerca de 40 vistos mensais, afirmou o diplomata Alírio Ramos, único representante do ministério das Relações Exteriores no país, à “BBC Brasil”. De acordo com o diplomata, o Brasil instituiu uma “rigorosa” avaliação para qualquer pessoa que solicite um visto na Guiné, com obrigatoriedade para exames clínicos e laboratoriais de temperatura.

As representações diplomáticas brasileiras em Monróvia, capital da Libéria, e em Freetown, Serra Leoa, deixaram de emitir vistos para o Brasil por determinação do Itamaraty.

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