95% dos internos têm algum envolvimento com as drogas

Além disso, 50% dos internos, tanto do CEM quanto do Ceip, são do interior do Estado

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Os casos de menores envolvidos com a criminalidade em Teresina têm sido bastante comuns e assustado a população. As estatísticas mostram que a maioria deles está envolvida com o consumo ou tráfico de drogas.

Segundo o diretor de Medidas Socioeducativas do Centro Educacional Masculino (CEM) e do Centro Educacional de Internação Provisória (Ceip), Herbert Neves, 95% dos menores que estão hoje em ambos os centros usavam drogas e já cometeram crimes para manter o vício.

Além disso, outro dado que assusta é o fato de grande número desses adolescentes vir do interior do Piauí. Se antes, casos desse tipo eram pouco comuns no interior do Estado, hoje a realidade é outra.

50% dos menores internos, tanto no CEM como no Ceip, são do interior do Estado. ?Antes, nós víamos poucas pessoas do interior do Piauí chegando ao CEM e ao Ceip.

Hoje isso acontece com muita frequência e nós atribuímos isso ao fato de as drogas não estarem mais só nos grandes centros urbanos, mas em todos os lugares. Com isso, os menores acabam cometendo crimes como roubos, assaltos e até latrocínio. Tudo para manter esse vício?, lamentou Herbert.

Além de os adolescentes estarem mais envolvidos com o crime, os atos praticados por eles deixaram de ser aqueles mais leves e passaram a ser mais graves, tornando-os menores de alta periculosidade.

?Antes, eles se envolviam com pequenos furtos, roubos de celulares, mas hoje não. Hoje eles estão envolvidos com homicídios, estupros e latrocínios?, comentou o diretor de Medidas Socioeducativas do CEM e Ceip.

Os menores apreendidos hoje no Estado e encaminhados ao Ceip ficam no local por um período de, no máximo, 45 dias. Depois disso, são liberados ou encaminhados ao CEM, onde ficam por até três anos.

Dos adolescentes que passam por esse processo, tanto os do Ceip como os do CEM, 10% são reincidentes. Ou seja, eles já cometeram crimes antes, passaram por estes espaços e reincidiram na prática de crimes e voltaram para o local.

?Isso acontece porque falta Estado, família e sociedade. Precisamos de políticas públicas voltadas para educação, saúde e esportes, para afastar esses jovens da criminalidade.

Além de não termos isso, as famílias perderam o controle na educação desses adolescentes?, lamentou Herbert. O Ceip tem hoje 48 internos e já está na sua capacidade. Já o CEM, que pode ter até 60 menores, está hoje com 58.



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