Abalos sísmicos são reduzidos em 50% durante a pandemia

Além dos tremores naturais, a população mundial também gera um ruído

Os dados foram coletados em 117 países | Divulgação
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Os seres humanos geram um ruído, um abalo sísmico sobre a planeta. Os cientistas publicaram na revista "Science" desta quinta-feira (23) que, com a chegada da pandemia da Covid-19, vivemos o mais longo período de quietude - uma estabilidade terrestre que permitiu até detectar terremotos que estavam "escondidos" antes. A redução dos tremores causados pela população mundial foi de 50%. Informações do site G1

Os dados foram coletados em 117 países

Provavelmente, a diminuição desses ruídos foi causada pelas medidas de distanciamento social, fechamento de serviços, indústria, turismo e viagens, de acordo com os pesquisadores do Observatório Real da Bélgica e do Imperial College de Londres, além de outras 4 instituições também responsáveis pelo artigo.

Estes ruídos sísmicos ocorrem devido ao impacto humano em áreas densamente povoadas. Agora, os pesquisadores conseguem diferenciar melhor terremotos que não eram detectados, de acordo com os autores.

"Este período silencioso é provavelmente o maior e mais longo amortecimento do abalo sísmico causado pelo homem desde que começamos a monitorar a Terra em detalhes, usando redes vastas de monitoramento por sismômetros", disse o Stephen Hicks, um dos cientistas que assinam o estudo."

"Nossa pesquisa destaca de maneira exclusiva o quanto as atividades humanas afetam a Terra e pode permitir ver com mais clareza o que diferencia o ruído humano do ruído natural", completou.

Os abalos sísmicos são medidos por instrumentos chamados de sismômetros. Eles são causados por vibrações na Terra, que viajam como ondas. Além do impacto dos humanos, o fenômeno pode ser desencadeado por terremotos, vulcões ou até bombas.

Os dados foram coletados em 117 países e em 268 estações sísmicas de monitoramento, sendo que reduções significativas ocorreram em pelo menos 185 delas. As maiores quedas foram observadas em Cingapura e em Nova York, mas também ocorreram em áreas remotas como a Floresta Negra, na Alemanha, e em Rundu, na Namíbia.



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