Abert condena vandalismo contra sede da Globo e carro do SBT

Além dos danos no prédio da Globo e num veículo do SBT, ônibus foram pichados

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A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) repudiou os atos de vandalismo contra a sede administrativa da Rede Globo, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, e a pichação de um carro de reportagem do SBT. As manifestações em frente à casa do governador Sérgio Cabral acabaram em violência.

Foram lançadas pedras e coquetéis molotov contra a fachada do prédio da Globo, que teve vários vidros quebrados. No mesmo ato, o carro do SBT foi pichado pelos manifestantes.

Em nota, a Abert diz que "atos de vandalismo como os ocorridos no Rio de Janeiro devem ser rechaçados por atentarem contra a liberdade de imprensa e o direito à informação".

Protestos pelo Brasil

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. ?Essas vozes precisam ser ouvidas?, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.



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