Advogado é proibido de usar redes sociais na internet após criticar MP

Cássius Haddad é processado por escrever sobre atuação de promotor

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A Justiça de Limeira (SP) proibiu o advogado Cássius Haddad, de 31 anos, de acessar redes sociais na internet. Ele é processado pelo Ministério Público (MP) por criticar o promotor Luiz Bevilacqua na rede mundial de computadores. O advogado, que já foi alvo de um ato de desagravo do MP por causa das ofensas, disse que vai recorrer da decisão. Se descumprir a ordem, ele pode ter a prisão preventiva decretada.

Em liminar, o juiz Henrique Alves Correa Iatarola, da 2ª Vara Criminal, barra o acesso de Haddad a páginas do Facebook, Twitter, Orkut, MySpace, Flixster, Linkedin e Tagged. "Os comentários depreciativos estão sendo feitos através da internet, devendo o denunciado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações", escreveu o juiz.

A ordem prevê ainda que os provedores responsáveis pelo Facebook e pelo Twitter informem a Justiça, em um prazo de 24 horas, se Haddad acessar seus perfis nessas redes sociais. As empresas também foram oficiadas para que enviem relatórios mensais dos acessos realizados pelo advogado às páginas.

"No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, fica o denunciado expressamente advertido de que o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, poderá substituir a medida, impor outra em acumulação ou em último caso decretar sua prisão preventiva", escreveu o juiz.

Haddad, conforme a decisão, também será obrigado a se apresentar mensalmente à Justiça para informar e justificar suas atividades. O advogado disse que vai recorrer no Tribunal de Justiça (TJ), em São Paulo. "Vou ingressar com um mandado de segurança para cancelar a decisão e com um habeas corpus preventivo para não me prenderem", relatou.

Haddad foi processado civil e criminalmente pelo Ministério Público por, conforme a acusação, ofender a honra e atacar o trabalho do promotor pelas redes sociais, em especial Facebook e Twitter. Haddad apresentou denúncias envolvendo o erário municipal que não foram levadas adiante pelo MP, o que gerou críticas da parte dele.



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