Advogado está proibido de se aproximar de mulheres que agrediu via WhatsApp

A Central de Inquéritos de Teresina determinou que o advogado Francisco da Silva Filho fique longe das advogadas Blenda Lima Cunha, Francisca Patrícia de Alencar Arrais, Júlia Maria Alves Barroso Araújo e Ravena Mendes da Silva, além de seus familiares. A medida, após agressões em um grupo de WhatsApp, determina a proibição de qualquer forma de contato. 

Assim fica impossível que Francisco da Silva Filho frequente espaços da advocacia em que haja a presença das quatro vítimas. A situação é ainda mais complicada porque ele é esposo da vice-presidente regional da OAB-PI, Daniela Freitas. 

Mulheres fizeram b.o. contra Francisco da Silva Filho. Crédito: arquivo pessoal.

A advogada Lívia Leão, que representa as quatro vítimas, explica que foi aberto processo disciplinar na OAB, além da decisão judicial com medidas protetivas. 

"Ele deve manter uma distância de pelo menos 300 metros delas. Ele não pode fazer nenhum tipo de contato com elas, nem diretamente ou por terceiros. Além disso, ele deve se retirar de eventos da OAB-PI ou CAAPI caso uma delas esteja presentes", explica. 

Entenda o caso 

Quatro advogadas reuniram-se no dia 22 de agosto de 2022 para registrar boletim de ocorrência contra o advogado Francisco da Silva Filho por agressão verbal em um grupo de WhatsApp denominado "OAB Piauí 2". 

Com mensagens de teor violento, com xingamentos sexistas, racistas e misóginos, ele foi afastado de cargos que ocupava na Ordem após uma decisão do presidente do Conselho Federal da OAB nacional em Brasília, José Alberto Simonetti.