Agricutores do Piauí fogem para SP e MT por causa da seca recorde

Com a falta de água, de renda e sem ter como viver com a estiagem, muitos agricultores têm deixado suas propriedades para trás.

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Estiagem atinge metade das cidades piauienses | Éfrem Ribeiro
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A situação da seca no Piauí vem se agravando. Com a falta de água, de renda e sem ter como viver com a estiagem, muitos agricultores têm deixado suas propriedades para trás e estão seguindo em busca da sobrevivência.

Na procura por trabalho na agricultura e na construção civil, para poderem se manter, os principais destinos dessas pessoas são, na maioria dos casos, os Estados de São Paulo e Mato Grosso.

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado (Fetag), Evandro Luz, no estado já são 122, em situação de emergência devido à seca. "A estiagem já assola a metade das cidades do Piauí, e até agora apenas 93 municípios têm o decreto reconhecido pelo governo federal.

Devido a essa triste realidade é que as famílias estão migrando para outros estados em busca de empregos e, consequentemente da sobrevivência. Do jeito que a seca vem abalando essas cidades, até o fim deste mês é provável que o número de municípios em situação de emergência chegue a 170" frisa.

As ações de socorro contra a seca estão lentas e não conseguem alcançar todas as cidades que precisam, é o que conta o presidente. "Os carros-pipa só estão atendendo a 67 municípios.

Esse número é muito pequeno comparado ao número de cidades atingidas pela estiagem. Neste momento, estamos esperando a liberação de recursos do governo federal, para que outras ações sejam colocadas em prática", diz.

Outro problema ocasionado pela seca é que muitos criadores de gado estão abrindo as porteiras de suas propriedades para que os animais saiam e morram com sede e fome.

"Existem casos em que esses animais estão sendo vendidos baratos e estão até sendo doados, já que os donos não têm como mantê-los, por conta da falta de dinheiro para comprar a ração que é cara", declara Evandro.

Para amenizar essa situação, por uma determinação do governador Wilson Martins, a Secretaria Estadual da Defesa Civil iniciou a contratação de carros-pipa nos municípios onde a situação de emergência já foi reconhecida. Na primeira etapa, serão contratados 300 caminhões-pipa, que vão garantir o abastecimento d"água das comunidades mais afetadas pela seca.

Ainda dentro do programa de assistência do governo também fazem parte a distribuição de cesta básica, a compra de ração animal e a bolsa estiagem, que vai garantir R$ 400 aos agricultores que estão fora do Garantia Safra.



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