Água é essencial para a saúde de crianças

Pais precisam ficar atentos a essa necessidade

Água | José Alves Filho
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A hidratação é um fator imprescindível para a saúde, mas como é este processo em bebês? Já é quase senso comum que até os seis meses de idade eles necessitam apenas do leite materno, mas algumas especificidades devem ser levadas em conta para o bem dos pequenos.

Ana Luísa Tavares, de um ano e seis meses, por exemplo, adora água. “Não tive dificuldade nenhuma. Ela gosta muito de beber água, toda hora ela bebe. Ela mesma pede. Pega o copinho e vai bater na geladeira. Acho que é por causa do calor”, explica Fabiana Tavares, mãe de Ana Luísa.

Mas nem toda criança é assim. Algumas têm dificuldade em se adaptar. “É importante os pais estarem atentos à hidratação das crianças e estarem sempre oferecendo água, principalmente para as crianças que ainda não sabem pedir. Tem que ensiná-las que o corpo precisa de água, assim como precisa de alimento”, explica Isadora Cavalcante, médica residente em pediatria.

José Alves Filho

Em algumas idades a criança tem tendência de desidratar mais fácil que um adulto. “Os bebês estão mais suscetíveis. Um bom modo de identificar isso é observando o xixi. Ver se está abundante, clara e sem nenhum sedimento. Recém-nascido de 0 a 28 dias não deve beber água. Até seis meses, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, somente o leite materno, que supre todas as necessidades do bebê”, acrescenta Isadora.

Mas toda regra tem exceção. “A criança de 0 a seis meses que faz consumo de fórmula láctea a gente indica que seja oferecida água nos intervalos da alimentação. Há perda de líquido na sudorese por conta do clima. Como não é uma alimentação somente com leite materno, não há como suprir essa necessidade”, lembra a médica.

A partir dos seis meses, quando a criança começa a receber outros alimentos, quando ocorre a introdução alimentar com alimentos complementares, é necessário estar atento à necessidade de elas consumirem água. “Entram alimentos mais sólidos em forma de papinha e frutas amassadas. Aí a água entra de forma mais concreta. De seis meses a um ano, o ideal é oferecer 800 ml de água por dia. A partir de um ano a três, a quantidade pode aumentar para um 1 litro e 1,3 litro. É preciso avaliar a necessidade da criança, acompanhando o xixi”, afirma a residente em pediatria.

 Introdução de água deve ser gradual

Até os dois anos, a criança deve permanecer com a amamentação, de forma complementar. A partir do momento em que ela inicia a introdução alimentar, no início dos seis meses, aí entra a água na dieta. Se a criança toma fórmula, leites de substituição do leite materno, ela deve também consumir       água, pelo menos 20 ml por dia.

A recomendação é de Janayra Oliveira, nutricionista com especialização em nutrição pediátrica. “A partir da introdução alimentar, a água deve ser servida de forma isolada. Principalmente nos momentos de mais calor. A hidratação da criança até os dois anos deve ser feita exclusivamente com água. Sem refrigerante, achocolatado ou suco”, revela.

Pais devem insistir no consumo d’água. “Muitas mães chegam dizendo que a criança não gosta de beber água, porque não tem gosto. Para o bebê pode parecer esquisito. É preciso oferecer de oito a 10 vezes um alimento para a criança no processo de introdução alimentar. Então é preciso oferecer a água no copo várias vezes ao dia, que é o ideal, nada de mamadeira. A mamadeira pode fazer o bebê abandonar o copo”, completa a nutricionista pediátrica.

A ingestão hídrica é individual. “A recomendação de dois litros por dia é generalista. Para a criança isso depende da hidratação dela por forma de alimentos. A gente não se hidrata apenas bebendo água, tem frutas e verduras. Quem mora em Teresina acaba bebendo mais por conta do calor. A criança precisa estar com o cabelo brilhoso e a pele firme, sinais de uma boa hidratação”, recomenda Janayra Oliveira.

A quantidade d’água oferecida deve aumentar aos poucos. “É importante falar que o consumo d’água é gradual. O consumo cresce conforme o desenvolvimento da criança. É preciso respeitar a vontade dela. É algo que vai ser natural, de acordo com a sede”, finaliza a nutricionista.



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